Sentenças absolutas no português brasileiro infantil: um estudo experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rezende, Camilla de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-22112016-122002/
Resumo: Esta dissertação é resultado de uma pesquisa que investigou o comportamento linguístico de crianças falantes nativas de português brasileiro com relação a sentenças absolutas, que consistem em uma alternância na valência de verbos transitivos encontrada especificamente no PB, tal como Eu aperto esse botão [do videogame] e, olha lá, a bola chutou. Segundo Negrão & Viotti (2010), nas absolutas o argumento que representaria a energia responsável pela causa do evento não está presente e nem chega a ser conceitualizado. Não há, portanto, a presença de uma força indutora (Negrão & Viotti, 2010). Desenvolvemos dois experimentos: um de tarefa de produção eliciada e outro de julgamento de aceitabilidade. Nossas previsões são: (a) as absolutas serão mais produzidas com a ausência da força indutora, que seria o argumento agente; (b) alguns verbos proporcionarão mais a produção de absolutas que outros, por estarem mais propensos à supressão da força indutora; e (c) crianças produzirão mais absolutas do que passivas visto que as absolutas são menos complexas estruturalmente. As condições testadas foram: presença/ausência de um agente e tipo de verbo (mais ou menos propenso à supressão do agente). Os resultados sugerem que ambas as condições influenciaram nas respostas dos participantes, de modo que os contextos sem agente e os contextos com verbos mais propensos à supressão do agente se mostraram mais propícios às sentenças absolutas. Por fim, as crianças mais novas testadas produziram mais absolutas do que passivas, o que indica que a absoluta, por ser menos complexa, é uma estrutura mais acessível às crianças.