A concordância em sentenças copulares com o verbo ser no português escrito nos séculos XVIII e XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SÁ, Edrielly Kristhyne da Silva
Orientador(a): SIBALDO, Marcelo Amorim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Ser
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35934
Resumo: Em virtude dos poucos trabalhos sobre os verbos copulares do português escrito (SIBALDO, 2011), a presente dissertação tem como objetivo principal a análise e a descrição da concordância verbal em 129 sentenças copulares com o verbo ser na primeira e na segunda metades dos séculos XVIII e XIX, que são provenientes de 1006 textos escritos do corpus do Para a História do Português Brasileiro. Dos 1006 textos, foram analisados 205 documentos escritos, particulares e oficiais do século XVIII e 801 documentos escritos, particulares e oficiais, do século XIX, provenientes de nove estados brasileiros: Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Esta pesquisa se encaixa, portanto, nos moldes de uma pesquisa diacrônica (MATTOS E SILVA, 2008), tendo como base para a análise a teoria gerativista minimalista (CHOMSKY, 1995, 1999, 2001; entre outros). Após a quantificação dos dados, observamos a quase não variação existente da concordância. Encontramos explicação para essa falta de variação em trabalhos anteriores sobre concordância que se baseiam na variável saliência fônica para a sua análise e explicação (LOPES; SCHERRE, 2014, SCHERRE; NARO, 1998, CHAVES, 2014, AZALIM; MARCILESE; NAME; SCHER; GONÇALVES, 2018, entre outros). Por fim, apresentamos possibilidades de análise e explicação de sentenças copulares predicativas (as mais frequentes em nosso corpus e as únicas que apresentaram variação), tanto para as sentenças com concordância verbal visível quanto para as com concordância verbal não visível através do processo de Agree (CHOMSKY, 1995, 1999, 2001), além disso, apontamos para a possibilidade de um processo como Merge Concord (BEJAR et al, 2015) poder ocorrer antes de Agree, o que dependeria do tipo de sentença copular e do tipo de predicado da Small Clause (se adjetival ou nominal).