A integração da sustentabilidade às práticas de controle gerencial das empresas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cintra, Yara Consuelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-07062011-150241/
Resumo: O estudo objetiva mapear e analisar a integração da sustentabilidade às práticas de controle gerencial (CG) das empresas no Brasil. A sustentabilidade foi considerada sob as dimensões econômica, ambiental e social da abordagem triple bottom line - TBL (ELKINGTON, 1997). A abordagem de controle gerencial, por sua vez, usou o modelo de alavancas de controle (SIMONS, 1995), acrescido de controles especializados, apropriados ao controle da sustentabilidade nas dimensões do TBL. A amostra deste estudo foi formada por 59 empresas que divulgaram os chamados relatórios de sustentabilidade no Brasil, ao menos uma vez entre os anos 2007 e 2009. Estas companhias foram submetidas a um levantamento do tipo survey, de forma a obter dados sobre a possível integração da sustentabilidade às suas práticas de controle gerencial, ou seja, testar a presença de tópicos sociais e ambientais e foco mais amplo em stakeholders em seus instrumentos de CG. Os dados foram submetidos a técnicas de estatística univariada descritiva e multivariada de modelagem de equações estruturais. Uma escala para classificar o estágio de divulgação dos relatórios de sustentabilidade foi proposta e os relatórios das empresas classificados de acordo com a mesma. As hipóteses foram construídas sob as suposições de que a divulgação dos relatórios de sustentabilidade se dá como resposta estratégica às demandas da sociedade, de forma a assegurar legitimidade (OLIVER, 1991; SUCHMAN, 1995) e visa demonstrar a conformidade da empresa com o tema da sustentabilidade (MEYER; ROWAN, 1977; DIMAGGIO; POWELL, 1983), que as empresas lidam com a sustentabilidade de maneira ceremonial, estando suas práticas de controle gerencial desvinculadas ou frouxamente vinculadas à sustentabilidade (MEYER; ROWAN, 1977). Além disso, a legitimidade adquirida pela divulgação do relatório de sustentabilidade permitiria às empresas levar adiante suas práticas de negócios com foco convencional, sem encarar o desafio da sustentabilidade de maneira mais engajada. Como conclusão geral, comprovou-se que a divulgação do relatório de sustentabilidade impacta as práticas de controle gerencial, principalmente no que se refere à presença da sustentabilidade nos artefatos, mas não necessariamente à intensidade do uso dos mesmos. Esse achado é relevante dado o estágio inicial do tema sustentabilidade nas empresas, que requer o desenvolvimento de novos artefatos que possam capturar mais adequadamente as componentes da sustentabilidade e, mais importante do que isso, sua integração aos modelos de gestão.