Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Jorge, Leonardo Carrilho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-04092019-161943/
|
Resumo: |
Esta pesquisa pretende examinar o problema teológico-político da soberania, a partir da ideia de que concepções teológicas de uma época se conectam intrinsecamente com o sentido das instituições políticas. A principal literatura sobre Teologia Política foi produzida na Alemanha do século XX e é ainda pouco debatida no Brasil. A reflexão sobre o lugar da Teologia Política no quadro da Ciência ou da Religião sobre o seu uso como ferramenta hermenêutica de conceitos históricos serve como glossário para as definições gerais e dos autores sobre « Teologia », « Política », « Ciência » e « Religião ». Em Teologia Política (1922), Carl Schmitt escreve sobre o conceito de soberania e seus desdobramentos implícitos na tese da secularização servem de ponto de partida para as discussões posteriores com Erik Peterson sobre a « liquidação » teológica de toda Teologia Política. A soberania em Schmitt é concebida como uma categoria sociológica não-positivista e contrarrevolucionária, na analogia estrutural do estado de exceção como milagre e no paralelo de Deus como o Estado. O levantamento biográfico dos dois autores, bem como a correspondência entre eles, revela detalhes importantes sobre a mudança de interpretação de certos conceitos em seu tempo. Na década de 1930, os tratados teológicos de Peterson não se destinavam apenas às teses teológico-políticas de seu amigo (e rival intelectual), mas representavam um estudo erudito para compreender e refutar a situação excepcional de seu tempo. Apenas muitos anos depois da publicação desses textos de Peterson, Schmitt, em Teologia Política II (1970), tentou rebater os argumentos de Peterson, que já tinha falecido. A tarefa desta investigação é reconstruir esse diálogo, apontando as principais conclusões desses autores e seus pontos de convergência e divergência, com destaque para a relevância dos estudos da Teologia Política como fonte de estímulo intelectual para pensar o presente e, se possível, se precaver dos reveses do futuro. |