Contradições da República de Weimar: o \"diálogo\" entre Bertolt Brecht e Carl Schmitt à luz da peça A Exceção e a Regra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mello, Suzana Campos de Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-26042022-094248/
Resumo: A presente tese Contradições da República de Weimar: O \"diálogo\" entre Bertolt Brecht e Carl Schmitt à luz da peça \"A Exceção e a Regra\" propõe-se a trazer à luz ressonâncias políticas da República de Weimar nos dois autores, percebidas na análise intratextual e intertextual de peças didáticas de Brecht, particularmente, da peça A Exceção e a Regra. Parte-se do conceito do político, desenvolvido em uma obra de Carl Schmitt, que tange a relação amigo versus inimigo. Rastreiam-se todas as anotações feitas por Brecht acerca das possíveis encenações do texto em progresso da peça. Busca-se, na análise e interpretação do texto-base, bem como dos intra e paratextos, identificar as referências ao conceito do político em Schmitt para mostrar como esse \"diálogo\" se configura. E, por fim, demonstra-se que, posicionados em faixas opostas do espectro ideológico, os temas tratados pelos dois autores tocam-se, em alguns momentos. Brecht problematiza essas contingências e, com isso, mostra que especialmente suas peças didáticas servem ao objetivo, eficaz, de educar o ser humano, para redirecionar os caminhos de uma possível revolução, tendo em vista que o indivíduo pertence a um coletivo. Cabe a Schmitt, com uma atitude determinante, por meio do Direito, indicar que o indivíduo, especialmente, um soberano, pode quebrar o pacto social e determinar quem é o amigo e o inimigo e, assim, eliminar o inimigo. Com esse \"diálogo\" entre antagonistas, busca-se também traçar um panorama da situação política durante a República de Weimar, que se tornou novamente atual no tempo presente, marcado por regimes autoritários