Mar de palavras-chave: domínio e estranhamento em relação à língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vita, Ercilene Maria de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23102020-165150/
Resumo: Esta pesquisa teve seu início por meio de uma inusitada experiência de estranhamento familiar (FREUD, 1919) ocorrida por ocasião da leitura da obra Maluco, o Romance dos Descobridores (PONCE DE LEÓN, 1990). Durante essa leitura, uma espécie de amálgama ocorreu entre a sensação de estranhamento causada pelo texto e a ideia de domínio em relação à língua portuguesa, presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997). Como consideramos que as manifestações inconscientes podem induzir não somente a um autoconhecimento, mas também a um conhecimento que se sustente diante do social, resolvemos iniciar nossa pesquisa, tendo como eixo a seguinte pergunta: Que caminho essa sensação de estranho familiar (unheimlich) poderia nos indicar? O que as palavras domínio e estranhamento poderiam nos trazer como conhecimento em relação à língua portuguesa e ao seu ensino? Sabemos que as palavras não são usadas impunemente. Marcam um caminho quando são ditas. Constroem formações imaginárias e simbólicas. Assim, para responder a essas perguntas, analisando os termos domínio e estranhamento em dicionários, em textos oficiais e, de modo geral, na mídia veiculada pela internet, fazemos uso do paradigma indiciário de Ginzburg (1986), bem como dos referenciais teóricos da Análise do Discurso (via Pêcheux) e da psicanálise freudiana/lacaniana tais como a noção de inconsciente e dos registros Real, Imaginário e Simbólico.