Metrópole, cotidiano e racismo: crítica das relações raciais em São Paulo e o colapso da modernização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Guilherme Estevão dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08062021-210044/
Resumo: A presente pesquisa insere-se na área de estudos sobre a cidade, a metrópole e o urbano, especificamente sobre o cotidiano e racismo na metrópole paulista no século XXI. A análise será tomada a partir do ponto de vista crítico e negativo, onde as contribuições filosóficas de Mbembe, Marx e Kurz serão fundamentais na apreensão das categorias e conceitos basilares da pesquisa. Tais categorias e conceitos baseados no materialismo histórico e dialético terão como função criticar o processo simultâneo de acumulação e crise do capital determinante na conformação de uma sociabilidade crítica no cotidiano da metrópole. O colapso, entendido a partir da contradição capital-trabalho, da simultaneidade entre acumulação e crise e da tendência autodestrutiva e revolucionária do capitalismo, determina a sociedade baseada na lógica do trabalho, marcada pela diminuição do trabalho vivo, haja visto o desenvolvimento das forças produtivas. Essa contradição, se relaciona à raça pela necessidade do capitalismo em desenvolver-se como causalidade natural, assim nos colocamos a analisar como a raça aparece no decorrer contraditório da modernização brasileira. Para tanto, caminhamos entre leituras clássicas para determinar a efetividade da raça na modernidade; revisamos a literatura sobre a integração do negro à sociedade de classes e fomos a campo captar entrevistas, relatos e observações sobre o cotidiano da população negra e o movimento negro organizado em São Paulo. Deduzimos, portanto, que a reificação e o recrudescimento da raça na história do capitalismo, tem por finalidade efetivar o processo crítico de valorização.