Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Carla Regina Gallo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-12072018-152122/
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Resumo: |
A Ópera Mouffe (1958) é um filme inaugural na obra da cineasta Agnès Varda. Um \"documentário-ficcional\" que utiliza diferentes modos expressivos, construído a partir de imagens em fluxo constituídas de forma ficional, a partir de elementos simbólicos, ou registradas em situações observacionais na rua Mouffetard, em Paris. De natureza subjetiva, o filme exibe, ainda, o primeiro registro do corpo de Varda em sua obra, na ocasião grávida de sua primeira filha, Rosalie. Foi a gestação que a mobilizou para a feitura do filme e a maternidade é o foco da narrativa. Varda faz desse pequeno curta uma espécie de manifesto feminista sensorial, ao apresentar, de forma poética, os conflitos reveladores das angústias das mulheres no interior da sociedade patriarcal, através da expressão em consonância dos arquétipos de Vênus e Deméter, respectivamente a Amante e a Mãe, conjugados na personagem central. Em vários de seus filmes posteriores, Varda irá expandir a configuração e combinação destes mitos, através de personagens que apresentam conflitos em relacionamentos, comportamentos, ou traços de personalidades que ecoam esses arquétipos. Essa característica possibilitou a Varda apresentar narrativas que permitem analisar criticamente o papel reservado às mulheres em nossa sociedade. |