Caracterização de Vesículas Extracelulares produzidas na infecção por Leishmania braziliensis e de seus efeitos imunomoduladores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Queiroz, Taise Cristina Santa Barbara Silva
Orientador(a): Oliveira, Camila Indiani de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50171
Resumo: INTRODUÇÃO: A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada e de amplo espectro clínico, causada por protozoários parasitas do gênero Leishmania. Vários grupos relatam a liberação de vesículas extracelulares (VEs) em espécies de Leishmania, tais partículas têm a função principal de comunicação celular, exercendo efeitos na interação parasita-hospedeiro e entre os parasitas. Além disso, experimentos in vitro e in vivo demonstram o enriquecimento de VEs com biomoléculas, como fatores de virulência, fundamentais no processo infeccioso. OBJETIVO: Caracterizar as VEs secretados por macrófagos murinos infectados com L. braziliensis e avaliar o efeito da estimulação das células com essas VEs, em termos de carga parasitária e produção de citocinas. MATERIAL E MÉTODOS: As VEs foram obtidas de culturas de macrófagos infectados com L. braziliensis e isoladas por centrifugação diferencial seguida de ultracentrifugação. As VEs foram caracterizadas por MEV, MET e Nanoparticle Tracking Analysis (NTA), por fim realizamos ensaios funcionais de estimulação das células com VEs. RESULTADOS: Imagens de microscopia eletrônica de varredura sugerem que a liberação das VEs ocorre em todo o corpo celular de macrófagos infectados com L. braziliensis. A NTA mostrou que VEs obtidas de macrófagos infectados por 24 horas têm um diâmetro médio de 150,48 nm. A NTA também mostrou que a quantidade de VEs produzidas pelos macrófagos infectados foi semelhante (152,35 x 108 VE/ml) à observada nos macrófagos controle (125,83 x 108 VE/ml), às 24h. A estimulação de células com 108 VEs/ml, obtida de macrófagos controle ou infectados, reduziu significativamente a carga parasitária de macrófagos após subsequente infecção por L. braziliensis. Paralelamente, a estimulação de macrófagos com 108 VEs/ml (independente da origem da VE), seguida de infecção por L. braziliensis, reduziu a produção de TNF quando comparada às culturas que permaneceram sem estimulação. CONCLUSÕES: Este trabalho fornece uma nova perspectiva sobre a produção de VEs por células infectadas com L. braziliensis e abre uma nova via de investigação sobre seu papel imunomodulador na leishmaniose cutânea.