Determinantes individuais e contextuais do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida em cento e onze municípios do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Venâncio, Sonia Isoyama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-04022021-130429/
Resumo: Objetivo: Tendo em vista a importância do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) para a redução da mortalidade infantil, analisou-se a influência de atributos individuais e características contextuais sobre essa prática. Método. A amostra constituiu-se de 34.435 crianças menores de seis meses residentes em 111 municípios do Estado de São Paulo, os quais realizaram inquérito sobre práticas alimentares no primeiro ano de vida em dias nacionais de vacinação, em 1999. O efeito de atributos individuais (das crianças e suas mães) e do contexto (características municipais) sobre o AME foi analisado com modelos multinível. Resultados. A prevalência do AME na amostra estudada foi de 13,9% [IC95% 13,6-14,3]. Foram fatores de risco para a interrupção do AME: baixa escolaridade materna, primiparidade, mães com idade inferior a 20 anos, crianças do sexo masculino, baixo peso ao nascer e acompanhamento ambulatorial na rede pública. Variáveis sociodemográficas municipais não influenciaram o AME. Verificou-se influência positiva da existência de ações municipais pró-amamentação sobre o AME, após o controle para as variáveis individuais. A existência de pelo menos 4 ações pró-amamentação nos municípios foi capaz de atenuar o risco relativo de desmame da baixa escolaridade e do baixo peso ao nascer e transformar o acompanhamento na rede pública em fator de proteção para o AME. Conclusões. A identificação de grupos de risco para o desmame pode auxiliar na definição de intervenções apropriadas para aumentar a prática do AME em nosso meio. Os municípios que implantaram ações pró-amamentação influenciaram positivamente o AME e atenuaram o impacto negativo de atributos individuais.