Estimativas dos efeitos dos determinantes do aleitamento materno em inquéritos na América Latina e Caribe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, Fernanda Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-10102018-081422/
Resumo: Introdução-O aleitamento materno promove vantagens para a criança, mulher e sociedade. Entretanto as taxas de amamentação, principalmente o aleitamento materno exclusivo estão abaixo dos níveis desejados em diversos países. A identificação dos determinantes da interrupção precoce e a quantificação da interação destes fatores é crucial para estabelecer, avaliar e promover políticas públicas em prol das práticas de amamentação. Objetivo-Estimar os efeitos dos fatores associados à prevalência do aleitamento materno exclusivo, predominante e continuado no primeiro e segundo anos de vida em países da América Latina e Caribe no período de 2000 a 2016. Métodos-Foram utilizados microdados coletados no projeto Monitoring and Evaluation to Assess and Use Results Demographic and Health Survey. Para complementar as informações foram recolhidos dados agregados do World Bank. Os indicadores analisados foram aleitamento materno exclusivo (AME), aleitamento materno predominante (AMP) e aleitamento materno continuado (AMC) no primeiro e segundo anos de vida; os valores foram expressos em prevalência e estratificados por quintos de riqueza. Selecionou-se o último inquérito disponível de cada país da América Latina e Caribe com dados entre os anos de 2000 e 2016. As variáveis foram selecionadas segundo disponibilidade e enquadramento no modelo conceitual proposto por ROLLINS et al. (2016). O modelo utilizado no estudo foi elegido após análise com Regressão de Poisson e, posteriormente, foi realizada análise logística multinível de efeitos mistos para quantificar o efeito de cada determinante do efeito fixo ajustado pelo efeito randômico. Resultados-A variação das prevalências dos indicadores foi de 7,4% a 60,3% no AME, 13,9% a 71% no AMP, 35,0% a 86,6%no AMC no primeiro ano e 18,9% a 55,0% no AMC no segundo ano de vida. Bolívia e Guatemala se destacam por apresentar as maiores taxas de AME, 60,3% e 54,2%, respectivamente. Os países apresentaram maior prevalência dos indicadores nos quintos inferiores de renda, destacando-se as associações do padrão de aumento da magnitude do efeito negativo à medida que o quinto de renda aumenta. O AME e AMP se associaram diretamente à \"amamentação na primeira hora\", \"estado conjugal\" e \"queria o último filho; \"idade materna\" e \"status de trabalho\" se associaram inversamente aos indicadores AMC no 1º e 2º anos de vida. Na análise de efeitos mistos, os indicadores AME e AMP se associaram diretamente a \"amamentação na primeira hora\" e \"estado conjugal\" e inversamente às variáveis \"local do parto\" e \"status de trabalho\". A escolaridade materna apresentou associação inversa com os indicadores AMP, AMC no 1º e 2º anos de vida e o quinto de riqueza apresentou associação inversa com todos os indicadores estudados. O AME apresenta maior variância explicada pelo nível individual, enquanto o AMC no 2º ano de vida sofre grande influência pelo nível contextual (8,99e-15% e 69,7%, respectivamente). Conclusão-As variáveis relacionadas ao indivíduo foram as que melhor explicaram a variância do modelo para o AME, AMP e AMC no 1º ano de vida. As variáveis relacionadas ao contexto explicam maior variabilidade da prevalência do AMC no 2º ano de vida, exibindo a maior interferência do PIB e de influências de âmbito nacional.