Aleitamento materno: estudo nacional da prevalência e determinantes no Brasil, nas macro-regiôes e áreas urbanas e rurais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Wenzel, Daniela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-04072008-104832/
Resumo: Introdução: O Brasil é um país bastante extenso territorialmente, sendo necessário o mapeamento da situação do aleitamento materno em todo o país. Objetivo: Descrever a situação do aleitamento materno (AM), no Brasil e estudar o efeito de determinantes sociais, econômicos e demográficos sobre o AM de crianças menores de um ano de idade. Método: Constituiu-se amostra de 2958 crianças, divididas em dois grupos de 0 a seis meses, com 1477 crianças e de 7 a 12 meses com 1481 crianças, representativas da população nacional. Os dados fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, realizada em 2002-2003. Para o estudo do AM no Brasil, utilizou-se um modelo multinível com dois níveis de hierarquia. Para a análise do AM nas regiões utilizou-se modelo GLM com link=log, que permite o uso da razão de prevalências e intervalos com 90% de confiança. Resultados: No grupo 0 a 6 meses, a freqüência do AM no Brasil foi de 58% [IC90% 55 - 60]. Segundo as regiões, as freqüências foram de 63%, 59%, 51%, 61% e 56%, respectivamente para Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Nas áreas rurais e urbanas a freqüência foi de 60% e 58%, respectivamente. No grupo de 7 a 12 meses a freqüência no Brasil foi de 35% [IC90% 33 - 38]. Nas regiões, as freqüências foram: 44%, 34%, 37%, 34%, 28%, respectivamente para Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Nas áreas rurais e urbanas a freqüência foi de 39% e 34%, respectivamente. Consideraram-se como fatores desfavoráveis ao aleitamento materno, no conjunto da amostra: mães com idades superiores a trinta anos, quatro ou mais moradores no domicílio e uso de creche. Os fatores favoráveis foram: ter duas ou mais crianças menores de cinco anos no domicílio, mães de cor negra ou parda e maior renda. Conclusão: Nos dois grupos de idade, a freqüência do AM foi maior na região Norte e áreas rurais do país. Os fatores que determinam o AM diferem quanto a faixa etária, sendo importante focar ações de promoção da prática da amamentação também em crianças de seis a vinte e quatro meses.