Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Sabat, Bernardo David |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-02042018-105723/
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Resumo: |
Os enxertos hepáticos com esteatose apresentam risco aumentado para a disfunção e o não funcionamento primário. Entretanto, considerando o permanente desequilíbrio entre a oferta e a demanda de enxertos, justifica-se o uso de fígados esteatóticos com um risco aceitável. O padrão ouro para o diagnóstico do grau da esteatose hepática, na prática clínica, é o exame histológico. Entretanto, no cenário dos transplantes, a estimativa do grau de esteatose do enxerto hepático depende do exame macroscópico. Nesse procedimento a leitura da cor é realizada de forma subjetiva e a força da associação cor-esteatose não é conhecida. Considerando esses aspectos, a presente pesquisa teve como objetivo verificar a associação entre a cor do fígado e a intensidade da esteatose hepática, aferindo a cor do fígado, de forma precisa com um colorímetro e quantificando a esteatose com dois exames considerados de referência. Método: Ratos wistar, machos, foram divididos em quatro grupos de quinze animais. Os animais do grupo controle receberam dieta padrão. Os outros três grupos receberam dieta esteatogênica durante, respectivamente, dois, quatro e seis dias. Os ratos foram submetidos à laparotomia, biópsia hepática (pré e pós-perfusão do fígado) para realizar o exame histológico, colorimetria no padrão RGB (pré e pós-perfusão do fígado), conversão da cor, do padrão RGB, para o padrão CINZA, coleta de sangue para realizar exames laboratoriais e hepatectomia (para determinar o peso relativo do fígado e a extração da gordura). A análise estatística foi realizada com o pacote de software estatístico IBM SPSS Statistics 18, e o valor p < 0.05 foi considerado com significado estatístico. Resultados: Foi observada correlação positiva entre os percentuais de gordura e a intensidade das cores pré perfusão (coeficiente de correlação da cor vermelha 0,874, cor verde 0,747 e cor azul 0,763) e pós-perfusão (coeficiente de correlação da cor vermelha 0,900, cor verde 0,886 e cor azul 0,856). As medias dos valores da colorimetria, pré e pós perfusão, apresentaram diferença estatisticamente significativa (p < 0,001). A acurácia da colorimetria pós perfusão, determinada pela curva ROC, foi de100% na determinação da presença de esteatose, 96,2% para o grau moderado ou intenso e 80,4% para o grau intenso da esteatose. Foi verificada diferença significativa dos valores da colorimetria (p < 0,001) entre as medias dos diversos grupos com exceção entre os grupos concentração de gordura moderada X gordura intensa e entre os grupos graus histológicos da esteatose leve X moderada X intensa. Conclusões: a) A cor do fígado, pré e pós perfusão, apresentou correlação forte com a esteatose, de forma positiva e linear; b) A colorimetria, pré e pós perfusão, apresenta a mesma acurácia na identificação da esteatose c) A colorimetria apresentou acurácia perfeita na identificação da presença da esteatose e tendência para classificar, em um mesmo grupo, a esteatose moderada e intensa. |