Efeitos da suplementação da colina e de frutooligossacarídeos na esteatose hepática em ratos wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Borges, Nádia Juliana Beraldo Goulart
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-28032012-085320/
Resumo: A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é uma condição clínicopatológica comum, caracterizada por depósito de lipídeos no hepatócito do parênquima hepático. A esteatose hepática (EH) é um dos componentes da DHGNA e caracteriza-se pela presença de vacúolos de lipídeos, principalmente triacilgliceróis (triglicerídeos), dentro dos hepatócitos. Alterações na oxidação das gorduras no fígado ou redução na exportação de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) a partir do órgão são os principais mecanismos etiopatogênicos envolvidos com a EH. A patogênese da DHGNA é multifatorial e diversos fatores ou condições têm sido relacionados à predisposição para o seu desenvolvimento. Atualmente, diferentes tratamentos farmacológicos para DHGNA estão sendo propostos, mas ainda não há nenhum estudo comprobatório da sua eficácia. Objetiva-se avaliar os efeitos da suplementação da colina e do frutooligossacarídeo (FOS) na dieta de ratos Wistar, no modelo de esteatose hepática, induzido por dieta hiperglicídica. Foram utilizados 46 ratos machos, da raça Wistar adultos com peso variando entre 250 - 320 g, vindos do Biotério Central do Campus da USP Ribeirão Preto. Do lote inicial de animais foram distribuídos de forma aleatória nos diferentes grupos de estudo de I a IV, dependendo da indução ou não da esteatose. Considerou-se fase I o período correspondente a indução de esteatose e fase II quando se submeteu os animais a suplementação com nutrientes (Grupos III e IV), ou quando os animais receberam dieta padrão pós fase I (Grupo II) . Os animais do Grupo I (controle) receberam ração padrão do biotério que foi igual para todos os animais, sendo separado um lote da mesma ração para todo o experimento. Foi analisado as seguintes variáveis: Ingestão alimentar semanal, evolução do peso dos animais, nitrogênio urinário, amônia urinária, colesterol total e triacilgliceróis séricos, peso úmido de fígado e coração, nitrogênio e gordura tecidual, dosagem de vitamina E, malondialdeído (MDA) e glutationa no tecido hepático e análise histopatológica. Observamos que nenhum dos nutrientes empregados (colina e FOS) foi eficaz na redução da quantidade de gordura do fígado pela análise histológica. Nenhum dos nutrientes adicionados foi capaz de proteger o fígado da ação dos radicais livres, já que o MDA, um marcador indireto da geração do estresse oxidativo, manteve-se com valores elevados mesmo na fase de tratamento. Ocorreu diminuição dos níveis de triacilgliceróis em todos os grupos submetidos à indução de esteatose, do início ao final do experimento. O frutooligossacarídeo foi capaz de reduzir os níveis de colesterol sérico, em relação aos seus níveis basais, quando suplementado após indução de esteatose.