Prevalência de esteatose hepática e fatores associados em pacientes com lesão medular traumática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Coelho, Fernanda Barros Viana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-23082023-115046/
Resumo: Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é a causa mais comum de doença hepática e sua prevalência corresponde a 25% da população mundial. Em 2020 foi proposta uma nova nomenclatura, Doença Hepática Gordurosa Associada a Disfunção Metabólica (MAFLD). O principal fator de risco para essa doença é a síndrome metabólica, cuja prevalência varia de 31 a 72% nos pacientes com lesão medular (LM). Nesses pacientes, algumas explicações para a disfunção metabólica seriam a mudança na distribuição da massa magra, o baixo índice de atividade física, a redução nos hormônios anabólicos, a translocação bacteriana e a disfunção do sistema nervoso autônomo. Objetivos: Definir a prevalência de esteatose hepática (EH) nos pacientes com LM traumática. Avaliar quais desses pacientes preenchem critérios para MAFLD e para DHGNA. Determinar os fatores independentes associados a EH. Comparar os critérios de MAFLD na população geral com os pacientes com LM. Métodos: Estudo observacional, prospectivo e analítico. A população total foi de 225 indivíduos. Eles foram submetidos a anamnese completa, exame físico, avaliação laboratorial e ultrassom de abdome. Inicialmente, foi feita análise univariada com teste t Student ou Mann-Whitney. Em seguida, para as variáveis com p<0,10 foi ajustado o modelo de regressão logística multivariada com processo de seleção de variáveis stepwise. Resultados: A prevalência de EH foi de 19,5% e a de MAFLD de 18,5%. Os fatores independentes foram idade, AST, HDL e IMC. Para os pacientes do sexo masculino, foram a idade, ALT e testosterona total. Conclusão: Esse foi o primeiro trabalho a avaliar a prevalência de MAFLD em pacientes com LM. Nessa população, no entanto, há a necessidade de revisar os critérios de MAFLD, uma vez que o IMC, a circunferência abdominal, a PCR e a pressão arterial podem não ser tão fidedignas. No grupo total, AST, idade, HDL e IMC foram os fatores relacionados à presença de EH. Para os pacientes do sexo masculino, os fatores associados foram testosterona total, idade e ALT