Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Taís de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-17012025-103226/
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Resumo: |
Analisamos comparativamente, neste trabalho, duas adaptações fílmicas de três romances do cânone inglês, cotejando-as com seus textos-fonte (os romances que lhes deram origem) e entre elas, buscando identificar uma gramática subjacente a essas traduções intersemióticas. O corpus selecionado é composto pelos romances Emma (AUSTEN, 1985 [1815]), Wuthering Heights (BRONTË, 2006 [1847]) e Mrs. Dalloway (WOOLF, 2003 [1925]), e duas traduções intersemióticas de cada um deles, respectivamente: Emma (Douglas McGrath, 1996) e As patricinhas de Beverly Hills (Amy Heckerling, 1995); O morro dos ventos uivantes (Peter Kosminsky, 1992) e a adaptação homônima da MTV (Suri Krishnamma, 2003); e Sra. Dalloway (Marleen Gorris, 1997) e As Horas (Stephen Daldry, 2002). O primeiro filme de cada dupla ambienta-se na época do romance (por isso o chamamos \"filme de época\") e o segundo é uma adaptação contemporaneizada, isto é, que traz a história para os tempos atuais. Nosso aporte teórico é a Semiótica Discursiva (GREIMAS; COURTÉS, 2008; FONTANILLE; ZILBERBERG, 2001), colocada em diálogo com teorias da tradução (VENUTI, 2002) e da adaptação (HUTCHEON, 2013). Utilizamos o protocolo semiótico desenvolvido por Mancini (2018a, 2018b, 2020a, 2020b) para a análise de traduções intersemióticas a partir da comparação de textos adaptados e seus textos-fonte, contribuindo para o desenvolvimento dessa metodologia. Em nossa análise, exploramos o percurso gerativo de sentido, comparando os percursos narrativos, as figuras e os temas, a construção das personagens e as oposições fundamentais. Chegamos às estratégias enunciativas e à montagem do texto fílmico, abordando questões específicas dessa linguagem (cortes, transição entre cenas, uso de voice-over e flashbacks). Nosso principal objetivo é identificar os elementos, especialmente aqueles relacionados à axiologia e aos efeitos de sentido de identidade, que foram e que não foram modificados nas traduções. Verificamos a hipótese de que existe um padrão distinto para cada tipo de adaptação: a \"de época\" e a \"contemporaneizada\". Finalmente, propomos as noções de adequação axiológica e de identidades tensivas para dar conta das mudanças axiológicas e identitárias das adaptações fílmicas contemporaneizadas |