Pontos de corte para identificar sarcopenia em idosos a partir da força muscular de membros superiores e inferiores normalizada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Abdalla, Pedro Pugliesi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-13052022-120415/
Resumo: Essa tese defende a normalização da força e massa muscular pelo tamanho corporal para minimizar o viés das dimensões corporais na funcionalidade de idosos. A tese contemplou três objetivos abordados em quatro estudos originais. O primeiro objetivo foi propor expoentes alométricos para normalizar a força de membros superiores e inferiores pelo tamanho corporal e gerar pontos de corte para a fraqueza muscular de idosos (Estudos I e II). O Estudo I envolveu 94 idosos e foram medidas a força (preensão manual, extensão de joelhos dinâmica e isocinética), o tamanho corporal e mobilidade. As estratégias de normalização para testar a associação com mobilidade foram força/tamanho corporal e alometria (força/tamanho corporalb; sendo b o expoente alométrico). Quarenta e nove modelos válidos foram gerados para identificar fraqueza muscular. A normalização aumentou a precisão dos pontos de corte em mulheres, mas não em homens. Todavia os ajustes nos homens também tornaram a força independente do tamanho corporal, reduzindo o enviesamento para casos extremos. Houve menor risco de diagnóstico falso-positiva/negativo. O Estudo II envolveu idosos de seis países. Os métodos foram similares ao Estudo I, mas somente foi medida força de preensão manual, estatura e massa corporal. A relação não linear entre força e massa corporal foi confirmada, exceto para estatura. Os ajustes alométricos tornaram a força muscular independente do tamanho corporal. Os expoentes alométricos gerados para cada país foram muito próximos, confirmando a efetividade dessa estratégia. Nosso segundo objetivo foi aplicar comparativamente os expoentes alométricos propostos no Estudo I e outros da literatura, a testar sua eficácia em normalizar a força e identificar fraqueza muscular. Assim, no Estudo III, 132 idosos portugueses foram medidos em mobilidade e dimensões corporais para normalizar a força de extensão do joelho. Os pontos de corte (menor quartil de mobilidade) para fraqueza muscular derivaram da força normalizada, ou não. A força absoluta mostrou acurácia insuficiente (AUC<0.70). Expoentes alométricos estrangeiros melhoraram a acurácia na identificação de fraqueza muscular. Normalizar a força, mesmo com expoentes alométricos estrangeiros é melhor do que nenhum ajuste. Nosso terceiro objetivo foi propor estratégia simplificada para identificar a baixa massa muscular, baseada na limitação de mobilidade. Assim, para o Estudo IV foram propostos pontos de corte para o perímetro da panturrilha normalizado pelo tamanho corporal para identificar baixa massa muscular em idosas. Valores do perímetro da panturrilha de mulheres jovens foram a referência para os pontos de corte de baixa massa muscular (-2 desvio padrão). O perímetro da panturrilha normalizado pelo índice de massa corporal identificou baixa massa muscular com maior acurácia do que os valores absolutos. A normalização retirou o viés da relação de U invertido com a mobilidade, geralmente observado em valores absolutos. A precisão obtida suportou o uso do perímetro da panturrilha normalizado pelo índice de massa corporal para identificar baixa massa muscular em mulheres idosas. Por conclusão, a estratégia alométrica evita erros na classificação da baixa força muscular de idosos, decorrentes do viés causado pelo tamanho corporal. Possivelmente, isso poderá reduzir diagnósticos falso positivos e negativos de sarcopenia em idosos com dimensões corporais extremas.