Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Alan Nogueira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-10112022-163506/
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Resumo: |
É notório que o mundo está em uma transição demográfica que irá culminar com maior população mundial de idosos. Devido ao processo de envelhecimento, o perfil de saúde vem mudando, os idosos apresentam características diferentes, com aumento de doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas, o diabetes mellitus e pode estar associada a diversas síndromes, como a fragilidade e a sarcopenia. Tais síndromes associadas ao Diabetes Mellitus tipo 2 podem causar diversos desequilíbrios e dependência para as atividades cotidianas na vida do idoso. Este trabalho objetivou avaliar a síndrome da fragilidade e da sarcopenia em idosos com e sem Diabetes Mellitus tipo 2 atendidos na Atenção Primária à Saúde de um município da região Centro-Oeste, no Brasil. Este é um estudo quantitativo, observacional seccional conduzido em uma Unidade Básica de Saúde. A amostra foi composta por 140 participantes, sendo 70 idosos com Diabetes e 70 sem Diabetes. Os 140 participantes do estudo foram subdivididos em 2 grupos com 70 idosos cada. Nos dois grupos predominou participantes do sexo feminino e as faixas etárias, de 65 a 69 anos e com mais de 80 anos, com a raça branca e o estado civil casado. Em ambos os grupos houve predomínio de idosos que vivem com o cônjuge, tendo como o chefe da residência o próprio idoso. No modelo de regressão multivariada a inatividade física aumenta em 3 vezes (OR=3,64) o risco do idoso desenvolver sarcopenia (p= 0,01), a faixa etária apresentou baixa relação com o desenvolvimento da sarcopenia (p=0,71), já o IMC mostra que o idoso de baixo peso e eutrófico possui 9 vezes (OR=9,43) mais chances de desenvolver sarcopenia (p=0,00), quando comparado ao idoso com sobrepeso. O estado nutricional demonstra que o idoso com risco nutricional e/ou desnutrido apresenta 3 vezes mais chances (OR=3,16) de desenvolver sarcopenia do que o idoso com adequado estado nutricional. A presença de Diabetes Mellitus aumenta em 3 vezes (OR=3,15) as chances do idoso se tornar frágil (p=0,01). A inatividade física apontou maior relação estatística dentre todas as variáveis analisadas, com aumento de mais de 9 vezes (OR=9,14) as chances de desenvolver fragilidade (p=0,00). A faixa etária também mostrou relação com a presença da fragilidade (p=0,00), assim como renda familiar abaixo de 1 SM (p=0,01). O número de comorbidades referido pelo idoso aumenta em quase 4 vezes (OR=3,87) as chances de desenvolver fragilidade (p=0,00), já o estado civil não apontou relação com o desenvolvimento da síndrome. Pode- se verificar que a sarcopenia vem sendo associada a diversos fatores, sendo que neste estudo destacou a presença da inatividade física, baixo peso/estrófico e desnutrição/risco nutricional. Foi verificada associação da fragilidade com o idoso com Diabetes Mellitus, inatividade física, faixa etária acima de 75 anos, baixa renda familiar e multimorbidades. Entretanto se faz necessário reforçar a inclusão de certas recomendações na prática clínica do atendimento da geriatria e gerontologia, afim de promover maior condição de vida, além de prevenção destas síndromes no idoso. |