Estudo da sarcopenia e fragilidade na doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/25123 httpt://dx.doi.org/10.22409/PPGMPT.2022.m.10568396782 |
Resumo: | Introdução: A prevalência de doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica está aumentando progressiva e rapidamente, tornando-se uma das hepatopatias mais comuns no mundo, que hoje afeta cerca de 24% da população global adulta. Esta possui diferentes espectros: esteatose simples e esteatohepatite, podendo ainda cursar com fibrose. Estudos recentes demonstraram haver relação entre a mesma e sarcopenia. A possível associação entre ambas motivou o estudo da massa, função e força da musculatura esquelética em pacientes com doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica e seus diferentes graus de fibrose. Assim, pretende-se avaliar as variáveis de associação e a frequência de alterações dos métodos de rastreamento e diagnóstico de sarcopenia e fragilidade nesta população. Hipótese: Doença hepática gordurosa associada a disfunção metabólica se correlaciona com a presença de sarcopenia e de fragilidade. Objetivos: Avaliar a frequência e as variáveis de associação de sarcopenia e fragilidade nos pacientes com doença hepática gordurosa associada a disfunção metabólica progressiva e não progressiva. Material e métodos: Foram recrutados no ambulatório de endocrinologia do Hospital Universitário Antônio Pedro pacientes com idade acima de 18 anos, síndrome metabólica, diabetes mellitus tipo 2, obesidade ou sobrepeso e/ou alteração de alanina aminotransferase. Estes foram submetidos à ultrassonografia abdominal superior para diagnóstico de esteatose hepática e elastografia hepática transitória e ultrassonográfica para estratificação do grau de fibrose. Para rastreamento de sarcopenia e avaliação das queixas clínicas foi aplicado questionário SARC-F isolado e combinado com circunferência da panturrilha. Bioimpedância e densitometria foram feitas para aferição da massa muscular e diagnóstico de sarcopenia. Para detecção de fragilidade, empregou-se teste da força de preensão palmar, além de teste de equilíbrio e elevação da cadeira para cálculo do Liver Frailty Index. Foram analisados ainda exames bioquímicos, medidas antropométricas e composição da gordura corporal. Resultados: Foram selecionados 64 pacientes, com mediana de idade de 55 anos, maioria parda (50%) e do sexo feminino (81,2%). Quanto às comorbidades, a maioria apresentou obesidade/sobrepeso (84,6%), hipertensão arterial sistêmica (77,4%), dislipidemia (71,4%) e diabetes mellitus (63,4%). À ultrassonografia abdominal, houve predomínio de esteatose moderada. A maior parte da amostra (70,5%) foi composta por indivíduos com fibrose leve ou ausente. Houve predomínio de obesidade entre os participantes, com IMC médio de 32,4 kg/m2 . A análise da composição corporal confirmou alto percentual de gordura corporal. A prevalência de sarcopenia foi de 4,2%. A prevalência de alterações musculares qualitativas foi superior: 23,5% de fraqueza muscular e fragilidade e 14,7% de maior declínio funcional auto-relatado no questionário SARC-F. Percentual de gordura corporal elevada, IMC reduzido, envelhecimento, sexo feminino, circunferência da panturrilha e força de preensão palmar reduzidas se correlacionaram negativamente com massa muscular. Idade e gordura corporal se correlacionaram negativamente com fragilidade física. Conclusão: Os pacientes com doença hepática gordurosa associada a disfunção metabólica apresentaram maior prevalência de fragilidade que de sarcopenia, evidenciando um papel determinante da qualidade muscular no declínio funcional, independente da perda de massa muscular. O percentual de gordura corporal e a idade foram variáveis de associação comuns para o desenvolvimento de ambas, sarcopenia e fragilidade, nesta população. |