Herança do tempo para o florescimento e para a maturidade em variantes naturais de soja [Glycine max (L.) MERRILL]

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1990
Autor(a) principal: Bonato, Emídio Rizzo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20210104-200110/
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo determinar a herança do tempo para o florescimento e para a maturidade em variantes ocorridos naturalmente no cultivar de soja Paraná. Para isso, foram avaliadas em Londrina, PR, localizada a 23°22’ de latitude sul, as gerações F2 e F3 de um dialelo envolvendo, além do cultivar original Paraná, os variantes naturais Pirapó 78, SS-1 e Paranagoiana. O comprimento do dia, considerando-se o sol ao nível do horizonte, foi de 12 h 39 min na data da semeadura, 13 h 21 min no florescimento do parental mais precoce e de 13 h 24 min no do mais tardio. Além do número de dias para o florescimento e para a maturidade, foram estudados os caracteres altura das plantas nesses dois estádios e o número de nós na maturidade. As análises do dialelo revelaram um comportamento genético semelhante entre os caracteres estudados, a não ser para a altura das plantas na maturidade, onde foram constatados efeitos epistáticos. As análises indicaram que a ação gênica aditiva foi mais importante que a dominante. Observou-se, no conjunto dos seis cruzamentos, dominância parcial dos alelos que determinam a redução dos caracteres. Os parentais de ciclo mais curto, Paraná e Pirapó 78, mostraram possuir, para essas características, mais alelos dominantes que recessivos. O inverso ocorreu com os de ciclo mais longo, Paranagoiana e SS-1. As análises de cada cruzamento revelaram que as mutações naturais que deram origem aos cultivares Paranagoiana e SS-1 foram recessivas e ocorreram no mesmo loco. Foram propostas as designações Es1 para o alelo do cultivar original Paraná, esa1 para o do “Paranagoiana” e esb1 para o do ‘SS-1’. O alelo Es1 foi parcialmente dominante sobre os recessivos esa1 e esb1. O alelo esa1 exibiu uma leve dominância sobre esb1 para o florescimento. Nesse caso, a dominância foi do alelo que determinou o florescimento mais tardio. Em relação ao tempo para a maturidade não foi constatada dominância entre os dois alelos. O cultivar Pirapó 78, provavelmente oriundo de um cruzamento natural, diferiu do cultivar Paraná por possuir alelos recessivos de um segundo gene. A designação sugerida foi de Es2, para o alelo do ‘Paraná’, e es2, para o do Pirapó 78. Es 2 não mostrou dominância sobre o es2 quanto ao tempo para o florescimento. Foi, porém, parcialmente dominante em relação ao tempo para a maturidade. Os genótipos propostos para o florescimento e para a maturidade foram: Paraná: Es1Es1Es2Es2, Paranagoiana: esa1esa1Es2Es2, SS-1: esb1 esb1Es2Es2 e Pirapo 78: Es1Es1es2es2. O retardamento médio em dias do tempo para o florescimento e para a maturidade, em relação ao cultivar original Paraná, foi, respectivamente de 23 a 39 pelo genótipo tipo esa1esa1Es2Es2, 15 e 23 pelo esb1esb1Es2Es2, 7 e 9 pelo Es1Es1es2es2, 54 e 68 pelo esa1esa1es2es2, 34 e 38 pelo esb1esb1es2es2. O erro dessas estimativas variou de 0,1 a 0,5 dias.