Manejo de florescimento em tangerineiras com ácido giberélico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Griebeler, Sabrina Raquel
Orientador(a): Schwarz, Sergio Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/274132
Resumo: Tangerineiras de maturação tardia da espécie Citrus deliciosa Tenore apresentam tendência à alternância produtiva, com produções irregulares entre safras sucessivas. Aplicações de ácido giberélico, em momentos específicos, podem ser usadas para inibirem a indução e diferenciação floral em anos de baixa produção, reduzindo o florescimento excessivo posterior e atenuando a alternância de produção. No presente trabalho, objetivou-se avaliar o uso de aplicações sequenciais de ácido giberélico em período indutivo (AG3) sobre a redução do florescimento primaveril subsequente a safras de baixa carga de frutos (ano off) em tangerineiras ‘Montenegrina’ e ‘Rainha’ (C. deliciosa). Foram realizados 3 experimentos, dois com a cultivar Rainha e um com a ‘Montenegrina’. No experimento com ‘Montenegrina’ (Eldorado do Sul, RS, 2018) foram testadas aplicações sequenciais de uma a quatro vezes de 40 mg L-1 de AG3. Já nos experimentos com a cultivar Rainha (Montenegro: 2018 e 2019, em pomares diferentes), foram testadas aplicações sequenciais de uma a quatro vezes com uso de quatro concentrações de AG3 (0, 20, 40 e 60 mg L-1 ). O intervalo entre as aplicações sucessivas foi de 21 dias, iniciando no fim de maio em todos os experimentos. Foram avaliados o florescimento, a brotação, os tipos de brotos, as fixações de frutos e o diâmetro dos mesmos. Adicionalmente, realizou-se estudos anatômicos nas gemas da tangerineira ‘Rainha’, para determinar o período de diferenciação floral. A partir de duas aplicações sequenciais de 40 mg L-1 no experimento com a tangerineira ‘Montenegrina’, houve redução de florescimento e brotação na primavera subsequente. Houve maior frequência de brotos mistos e redução da frequência de brotos florais conforme aumentou-se o número de aplicações de AG3. Nos experimentos com a cultivar Rainha, a diferenciação floral teve início no mês de julho. Houve interação entre a concentração de ácido giberélico utilizada e o número de aplicações para todas as variáveis estudadas, sendo que quatro aplicações de 60 mg L -1 de AG3, entre maio e julho, resultaram em redução da brotação e florescimento na primavera subsequente, em ambos os experimentos. Em plantas jovens, sob manejo intensificado, o uso de uma a duas aplicações de 40 mg L -1 de AG3 apresentou consequências similares. Pulverizações com AG3 em anos off, durante o período indutivo, são uma opção viável para alterar o florescimento e reduzir a alternância de produção em tangerineiras ‘Montenegrina’ e ‘Rainha’.