Variabilidade entre genótipos de soja [Glycine max (L.)] Merrill nas fases imatura e madura de desenvolvimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Santos, Ana Lucia Cruz dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191218-110129/
Resumo: A soja[Glycine max] possui em suas sementes cerca de 40% de proteínas e 20% de óleo. É utilizada como alimento direto pelo homem há milênios pelos povos orientais, tanto a partir de grãos imaturos como maduros. Atualmente, o uso da soja na alimentação humana estende-se por todo o ocidente. Os genótipos apropriados para o consumo humano direto, possuem como característica comum seu maior tamanho de semente (< 20g/100 sementes). A presente pesquisa teve como objetivo determinar a variabilidade existente entre 39 genótipos de soja de sementes grandes para dez caracteres avaliados na fase imatura e 15 na fase madura de desenvolvimento. O estudo foi conduzido na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo, em Piracicaba, Estado de São Paulo. Foi empregado o delineamento em blocos ao acaso com os genótipos estratificados em três conjuntos experimentais com uma testemunha comum (Pérola) em cada conjunto. Foram utilizadas quatro repetições: duas repetições foram plantadas em 14/11/85 e as outras duas em 25/11/85. Os caracteres foram avaliados dentro de cada época de plantio e em plantios reunidos (quatro repetições). Os parâmetros estimados foram os coeficientes de determinação genotípica (b), que equivale ao coeficiente de herdabilidade no sentido amplo; os coeficientes de correlações genéticas, fenotípicas e ambientais. Foram detectados efeitos significativos de épocas apenas para os caracteres: número de dias para o florescimento, número de dias para colheita imatura, altura da planta no florescimento e número de dias para maturidade. Foi detectada grande variabilidade entre os genótipos. O caráter porcentagem de óleo nas sementes apresentou maior grau de dificuldade de ser alterado por seleção, relativamente aos demais caracteres. Foram encontradas altas correlações entre as fases imatura e madura de desenvolvimento, para todos os caracteres. As correlações genotípicas foram de magnitudes superiores às correlações fenotípicas e ambientais. O peso de 100 sementes foi positivamente correlacionado com largura de vagens e peso de sementes por planta, imatura e madura. A produtividade de sementes foi positivamente correlacionada com número e peso de vagens e de sementes por planta imatura e madura. Tamanho de sementes foi correlacionado negativamente com dificuldade de debulha de vagens imaturas. O genótipo KS 739 x Akiyoshi F7 com 26 g/100 sementes, destacou-se com menor teor de óleo (18%). A porcentagem de óleo nas sementes não se mostrou associada com tamanho de sementes. O genótipo Majós sobressaiu-se como o mais produtivo (3.826 kg/ha). O maior tamanho de sementes foi alcançado pelo genótipo Tamba, com 43 g/100 sementes. Alguns genótipos apresentaram potencialidade para participarem como parentais em programas de melhoramento visando tanto o desenvolvimento de novos cultivares de soja com sementes grandes (tipo hortaliça), quanto para aumentar a variabilidade genética da soja, normalmente cultivada para produção de grãos.