Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Débora Ferro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-25092020-161955/
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Resumo: |
Introdução: A mortalidade por carcinoma hepatocelular associado às hepatites virais B e C representa um grave problema de saúde pública. O carcinoma hepatocelular constitui a terceira maior causa de morte de etiologia neoplásica e o quinto tumor maligno mais frequente no mundo. A infecção crônica pelo vírus da hepatite B e pelo vírus da hepatite C são as principais causas de doença hepática crônica e carcinoma hepatocelular (CHC). Objetivos: descrever os óbitos por CHC associados às hepatites virais B e C no Estado de São Paulo e analisar a distribuição espacial e temporal desses óbitos. Métodos: Estudo descritivo ecológico com análise temporal e distribuição espacial dos óbitos por CHC associados às hepatites virais B e C no Estado de São Paulo, no período de 2009 a 2017, com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Foram calculadas as taxas de mortalidade por CHC associado às hepatites virais B e C. A tendência temporal foi analisada por regressão de Prais-Winsten. Os óbitos foram descritos segundo as características sociodemográficas e comparados pelo teste de qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher. Os óbitos foram espacialmente distribuídos segundo departamento regional de saúde. Foram calculadas as taxas brutas de mortalidade e as taxas suavizadas pelo método Bayesiano Empírico Local. Resultados: No período de 2009 a 2017, 26,3% dos óbitos por CHC no estado de São Paulo foram associados ao HBV ou ao HCV. Observou-se uma maior proporção de óbitos por CHC associado ao HCV (22,2%) quando comparado ao HBV (3,9%). A taxa de mortalidade por CHC associado às hepatites B ou C apresentou tendência de queda e decréscimo de 0,41 (2009) para 0,33 (2017) óbitos por 100.000 habitantes/ano, com diminuição anual de 3,0%. A taxa de mortalidade por CHC associado à hepatite B também apresentou tendência de queda, variando de 0,07 (2009) para 0,04 (2017) óbitos por 100.000 habitantes/ano, com diminuição anual de 9,1%. No entanto, a taxa de mortalidade por CHC associado à hepatite C apresentou tendência estacionária, de 0,34 (2009) para 0,29 (2017) óbitos por 100.000 habitantes/ano. Os óbitos predominaram no sexo masculino e em indivíduos de raça branca. A faixa etária que apresentou maior número de óbitos foi de 50 a 59 anos de idade. A maioria dos óbitos tinham de 8 a 11 anos de estudo. A distribuição espacial revelou uma distribuição heterogênea dos óbitos no estado de São Paulo. Conclusões: A tendência de queda nas taxas de mortalidade por CHC associado à hepatite B evidência um importante avanço no controle do agravo devido as ações de imunização com a vacina Hepatite B. No entanto, a taxa de mortalidade por CHC associado à hepatite C vem se mantendo estável ao longo do período estudado, indicando a necessidade de ações para a redução dessas taxas. A distribuição espacial dos óbitos auxiliará os gestores e profissionais dos DRS, que poderão olhar para esses dados e levantar hipóteses para conhecimento mais aprofundado das suas regiões, a partir desses resultados. |