Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Gleicy Luz Reinoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-17012023-194717/
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Resumo: |
Introdução: A cirrose é o principal fator de risco para desenvolvimento do carcinoma hepatocelular CHC e importante causa de mortalidade. À medida que a fibrose desenvolve-se, aumentam os riscos de complicações clínicas, dentre os quais o CHC que representa uma expressiva letalidade, inclusive porque em grande parte das vezes já é diagnosticado em estágio avançado. Atualmente, vários métodos não invasivos tornaram-se disponíveis para avaliar o grau de fibrose e as recentes publicações vêm apresentando o desenvolvimento de risco, à medida que ocorre o aumento de rigidez hepática. A presença de Gradiente de pressão venosa hepática (HVPG)> 10 mmHg está associada a um aumento do risco de CHC em pacientes cirróticos de diversas etiologias. Objetivos: avaliar os valores de medição da rigidez hepática por elastografia transitória (TE) relacionados a risco de carcinoma hepatocelular (CHC) em uma coorte prospectiva de pacientes brasileiros com cirrose por vírus da hepatite C (VHC). Material e métodos: 99 pacientes com VHC e medida de rigidez hepática acima de 12 kPa foram incluídos, consecutivamente, entre 2011 e 2016. As variáveis clínicas foram avaliadas e a ocorrência de CHC foi documentada. Os métodos de Kaplan-Meier com teste de log-rank avaliaram a sobrevida e os testes univariados e multivariados de Cox, discriminaram a associação entre as variáveis e os resultados clínicos. Resultados: A média de idade foi 57,8 ± 10,6 anos. 20 (20,2%) pacientes desenvolveram CHC, em um período médio de 3.3 anos. Na análise de regressão logística univariada, as variáveis associadas à ocorrência de CHC foram: contagem de plaquetas mais baixas (p = 0,0446), valores mais elevados de alfa-fetoproteína sérica (p = 0,0041) e de bilirrubina (p = 0,0008), elevada pontuação do MELD (p = 0,0068) e valor alto de rigidez hepática por TE (p = 0,0354). O melhor valor de corte para risco de CHC foi acima de 21,1kPa (HR: 5,548; IC 95%: 1,244-24,766; p = 0,025), com risco independente associado ao desenvolvimento de CHC. Conclusão: O elevado valor de rigidez hepática está relacionado substancialmente a um risco aumentado de ocorrência de CHC em pacientes brasileiros com cirrose por VHC. Pacientes com TE LSM> 21,1 kPa tiveram uma chance 5,54 maior de desenvolver CHC durante o acompanhamento em comparação com pacientes com LSM inferior no início do estudo |