Restauração das alterações cardíacas e cerebrais após remoção da estenose aórtica em modelo C57b6

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Socas, Leonardo Jensen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-28042022-114731/
Resumo: As doenças cardiovasculares contribuem para 18,6 milhões de mortes ao ano no mundo; a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a etiologia mais frequente. Entre as consequências da sobrecarga pressórica tem-se a hipertrofia cardíaca, que é o maior fator preditivo para insuficiência cardíaca (IC), além de repercussões cerebrovasculares e dano renal. Um ponto que permanece pouco explorado na literatura refere-se às consequências celulares nos pacientes hipertensos tratados, buscando compreender as alterações remanescentes provenientes de um quadro de reversão do remodelamento cardíaco. O presente estudo tem por objetivo testar a hipótese de que animais submetidos a estenose aórtica por cinco semanas conseguem restaurar a estrutura, função cardíaca e cerebral após a retirada da constrição. Camundongos machos C57b6 foram operados para a colocação de clipe de titânio no topo do arco aórtico e permaneceram com a estenose por 5 semanas quando foram randomizados em grupos: REM (clipe retirado na quinta semana), TAC (permaneceram com o clipe por 10 semanas) e CTR (procedimento cirúrgico sem o posicionamento do clipe). A função cardíaca foi analisada por Eco, o consumo de glicose por PET scan, metabólitos séricos por GC-Massas e RT-pcr para a análise da expressão gênica tecidual. Análises estatísticas foram realizadas por ANOVA uma via representadas por média ± desvio padrão. Valores de p0,05 foram considerados estatisticamente significantes. O grupo TAC apresentou maior espessura da parede cardíaca quando comparado ao CTR, bem como aumento significativo da massa ventricular e da fibrose em 10 semanas. A expressão de TIMP 1 foi maior no grupo REM, para o ANP a expressão foi maior nos grupos REM e TAC5 versus CTR e TAC10. Para diferentes regiões cerebrais, o grupo REM apresentou menor incorporação de glicose comparado ao CTR. O rastreio de metabólitos séricos mostrou menores concentrações circulantes de fumarato e malato para os grupos TAC5 e TAC10 vs REM e CTR. Em síntese, os dados do presente trabalho apontam a possível transição entre a hipertrofia cardíaca compensada para a descompensada, com preservação da função sistólica e reversão parcial das alterações cardíacas com disfunção diastólica discreta. Marcadores séricos como o malato e o fumarato em baixa concentração abrem caminho para diagnósticos bioquímicos de lesão precoce causada pela hipertensão e podem ser validados em estudos futuros em pacientes hipertensos