Proteoma miocárdico de ratos com disfunção cardíaca por estenose aórtica supravalvar atenuada pelo treinamento físico aeróbio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mota, Gustavo Augusto Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Rat
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214990
Resumo: Diferentes autores analisaram o efeito do treinamento físico (TFa) no coração patológico de roedores com estenose aórtica (EAo). Enquanto alguns autores não detectaram alteração no desempenho, outros mostraram que o TF promoveu atenuação da disfunção diastólica e/ou sistólica. Entretanto, estes trabalhos não analisaram os mecanismos envolvidos nos efeitos benéficos desta terapêutica. Desta forma, o objetivo deste estudo é investigar por meio do proteoma miocárdico os mecanismos envolvidos na atenuação da disfunção ventricular pelo TFa em ratos com EAo. Ratos Wistar foram divididos em quatro grupos: Sham, Sham exercitado (ShamTF), EAo e EAo exercitado (EAoTF). O TFa consistiu em cinco sessões de corrida, em esteira por semana, por 16 semanas. A análise estatística foi realizada por ANOVA ou teste de Kruskal-Wallis e teste de Goodman. Todos os resultados foram discutidos ao nível de significância de 5%. Ratos EAoTF apresentaram maior capacidade funcional, menor concentração de lactato sanguíneo, atenuação estrutural e funcional cardíaca quando comparados com o grupo EAo. A análise do proteoma miocárdico evidenciou aumento de proteínas relacionadas a via glicolítca, estresse oxidativo, inflamação e diminuição da beta-oxidação no grupo EAo vs Sham. O grupo EAoTF aumentou a expressão de uma proteína relacionada à biogênese mitocondrial e diminuiu proteínas intrincadas com o estresse oxidativo e inflamação. A avaliação das vias fisiológicas e patológicas hipertróficas por Western Blot, não mostrou diferença estatística entre os grupos avaliados, exceto para a p-p38, que aumentou no grupo EAo. Os dados proteômicos foram validados para proteínas relacionadas ao metabolismo lipídico e glicolítico. A análise do proteoma nos permitiu mostrar que o exercício físico atenua o estresse oxidativo, inflamação e acarreta melhoria no processo de biogênese mitocondrial. Os resultados encontrados nos fazem inferir que estes são os possíveis mecanismos relacionados com a cardioproteção gerada pelo treinamento físico aeróbio neste modelo de sobrecarga pressórica.