Arquitetura, cidade e cinema: vanguardas e imaginário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lezo, Denise
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18142/tde-14092010-101531/
Resumo: Nas primeiras décadas do século XX, em um contexto cultural caracterizado por experimentações, redefinições e rupturas, no qual se desenvolveram as chamadas vanguardas artísticas européias, arquitetura, cidade e cinema estabeleceram entre si diferentes formas de interlocução, inclusive a criação de arquiteturas e cidades destinadas exclusivamente para os filmes. Estreitamente vinculadas às problemáticas de seu tempo, estas arquiteturas e cidades ficcionais dialogaram diretamente com as experimentações realizadas no âmbito artístico e arquitetônico das vanguardas, além de configurarem um veículo direto de comunicação com o público de massas. A partir de três filmes produzidos no cinema europeu do período entreguerras - Aelita (Yakov Protazanov, URSS, 1924), Metropolis (Fritz Lang, Alemanha, 1927) e Things to Come (Daqui a Cem Anos, William Cameron Menzies, Inglaterra, 1936) - este trabalho analisa estas arquiteturas e cidades cinematográficas, seus processos de concepção, produção e difusão, assim como suas interlocuções com o contexto cultural vigente. Através de artifícios intrínsecos à linguagem e à narrativa cinematográficas, estas obras incorporam em suas visões de cidade muitos dos aspectos da metrópole do início do século XX, assim como das propostas arquitetônicas e urbanísticas desenvolvidas naquele período, configurando espaços de problematização e articulação de idéias, tratando de questões como: a vida na metrópole e as ambigüidades e contradições impostas ao habitante metropolitano; as novas tecnologias, e as formas como estas impactavam o cotidiano e incitavam a imaginação; as experimentações formais das vanguardas artísticas e a busca pela superação dos limites entre arte e vida; as novas concepções de arquiteturas e cidades, e seu intuito de criar novas lógicas de organização espacial e urbana, que poderiam contribuir para a criação de um novo homem e uma nova sociedade.