Abismos, contrastes e revoadas: Ailton Krenak, protagonismos indígenas e a Constituinte no Brasil (1987-1988)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Carvalho, Rômulo Rossy Leal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-19122024-123749/
Resumo: A dissertação trata da construção do capítulo \"Dos Índios\", da Constituição da República Federativa do Brasil, a partir de protagonismos indígenas presentes à cena pública e urbana nos anos de 1970 e 1980, com especial enfoque na performance do pensador Ailton Alves Lacerda Krenak, em 4 de setembro de 1987. Realizamos uma pesquisa documental por meio da qual foi possível tratar de produções escritas sobre Ailton Krenak e a Constituinte, identidades indígenas, o contexto e reverberações da União das Nações Indígenas (UNI), a proposta popular de emenda à Constituição e o texto \"Dos Índios\", promulgado em 1988, além de entrevistas transcritas, que têm como mote a Assembleia Constituinte, concedidas pelo intelectual ao longo das últimas décadas. Para fundamentar os resultados deste trabalho, dialogamos com reflexões de antropólogos, historiadores e juristas, com ênfase aos teóricos Manuela Carneiro da Cunha, Eduardo Viveiros de Castro, John Cowart Dawsey, Sylvia Caiuby Novaes e Lilia Schwarcz. As conclusões a que chegamos nos permitiram considerar a emergência da União das Nações Indígenas como uma ação de ruptura processual dos coletivos indígenas com outras organizações não indígenas, mesmo sem preterimento destas, e a performance de Ailton Krenak como um ato político previamente elaborado, desestabilizador, surpreendente e resultado, como um efeito e não causa, de protagonismos indígenas em voga nos anos de 1980