Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Said, Paula Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-25102021-160725/
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Resumo: |
Objetivos: Realizar uma revisão sistemática com o intuito de analisar os benefícios das abordagens musicais em crianças e adolescentes usuários de implante coclear (Estudo 1) e investigar o efeito da Musicalização Infantil sobre o repertório de habilidades perceptivas, cognitivas e sociais em crianças com implante coclear (IC) entre 06 e 10 anos de idade (Estudo 2). Métodos: Para isso foi realizada uma busca bibliográfica nas bases de dados para pesquisa de artigos científicos indexados em abril de 2020, sem limite de data ou idioma. Buscamos por estudos clínicos randomizados, que incluíssem pelo menos um dos nossos desfechos primários ou secundários, afim de usar a diferença média para dados contínuos, com intervalos de confiança de 95%, e usar o modelo estatístico de efeitos aleatórios quando as estimativas de efeito de dois ou mais estudos pudessem ser combinadas em uma meta-análise (Estudo 1). Para o Estudo 2 foram selecionados para o presente estudo 10 sujeitos com IC, ambos os sexos, faixa etária de 06 a 10 anos, que formaram o grupo experimental. Este foi um estudo clínico randomizado que foi adotado por envolver a condição experimental permitindo múltiplas comparações, onde todos os sujeitos participaram de um semestre de aulas de musicalização infantil e foram avaliados quatro vezes, dois meses antes do início, no início, no meio e ao final da coleta, por meio do Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SSRS), Inventário multimídia de habilidades sociais (IMHS), Teste de Classificação de Cartas de Wisconsin (WCST) e Escala de Bem-estar e Envolvimento, utilizado para avaliar os sujeitos durante as aulas, que foram gravadas e foram avaliadas por três juízes (educadores musicais externos a coleta), pré e pós intervenção. As Educadoras Musicais envolvidas na coleta também avaliaram os sujeitos durante e após o término da coleta, por meio do diário de classe. O teste de Kappa de Fleiss verificou a confiabilidade intrajuizes nas análises da escala de bem-estar e envolvimento e para avaliar os dados gerados pelo referido instrumento foi utilizado o Teste de Wilcoxon. Para comparação das múltiplas avaliações dos outros instrumentos foi utilizado o Teste ANOVA para análise de variância de medidas repetidas. (p<0,05). Para a revisão sistemática, seguiu-se as diretrizes para elaboração de revisões sistemáticas do PRISMA e a mesma foi registrada no PROSPERO. Resultados: No Estudo 1 não foram encontrados estudos clínicos randomizados que utilizassem abordagens musicais em crianças e adolescentes usuários de implante coclear. Os resultados do Estudo 2 apontam que houve melhora estatisticamente significativa no SSRS-M no escore global e nos fatores, responsabilidade, desenvoltura social e civilidade e nos problemas de comportamento externalizantes e escore global. SSRS-P no escore global, autocontrole, assertividade e desenvoltura social, afetividade e cooperação e nos problemas de comportamento externalizantes, hiperatividade e no escore global, bem como na competência acadêmica. O IMHS apresentou diferença estatisticamente significante na assertividade e enfrentamento-habilidoso, habilidoso passivo e Participação Não Habilidoso Passivo. O WSCT apontou significância no nível conceitual, categorias completadas, número de ensaios e aprendendo a aprender. O teste de Wilcoxon apontou diferença estatisticamente significante na visão dos juízes na escala de bem-estar e envolvimento. No que se refere a revisão sistemática, não foram encontrados estudos clínicos randomizados que pudessem ser incluídos na mesma. Conclusão: Não foram encontradas evidências disponíveis de estudos clínicos randomizados para embasar o julgamento sobre a eficácia das abordagens musicais em crianças e adolescentes usuários de implante coclear (Estudo 1). O Estudo 2 mostrou que crianças usuárias de implante coclear, expostas a Musicalização Infantil, obtiveram melhora no repertório de Habilidades Cognitivas (funções executivas), Sociais (responsabilidade, afetividade, cooperação, assertividade, desenvoltura social, civilidade, autocontrole, enfrentamento e participação) com redução de problemas de comportamento externalizantes e hiperatividade e incremento da competência acadêmica. No que se refere aos níveis de bem-estar e envolvimento, também houve melhora estatisticamente significante. |