Educação em neurociência sobre dor vs. educação para auto manejo da dor associados à um programa de exercícios com enfoque na incoordenação do movimento em pacientes com dor lombar crônica não específica: um ensaio clínico aleatorizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Del Antonio, Tiago Tsunoda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-08112022-124821/
Resumo: Introdução: Aproximadamente 30% das pessoas com dor lombar crônica não específica (DLCNE) podem ser classificadas com incoordenação no controle de movimento, porém não se tem dados que possa verificar os efeitos de estratégias de educação com o efeito adicional de exercícios para incoordenação de movimento em indivíduos com DLCNE. Objetivo: O estudo teve como objetivo comparar os efeitos de um programa de exercícios para incoordenação no controle de movimento associado à educação para automanejo da dor ou educação em neurociência sobre a dor nos desfechos intensidade de dor e incapacidade na DLCNE. Hipótese: A hipótese inicial deste estudo era que a estratégia de educação em neurociência sobre a dor associada à exercícios para incoordenação no controle de movimento apresentariam melhores resultados para intensidade de dor e incapacidade. Tipo do estudo: Ensaio Clínico Aleatorizado Participantes: Cento e quatro pacientes com DLCNE com idade entre 18 e 60 anos. Intervenções: Educação em Automanejo da Dor e exercícios para incoordenação no controle de movimento e Educação em Neurociência sobre a Dor e exercícios para incoordenação no controle de movimento. Principais medidas de resultado: Os desfechos primários foram intensidade da dor (Escala Numérica de Avaliação da Dor) e incapacidade (Índice de Incapacidade de Oswestry). Os desfechos secundários foram Pain Catastrophizing Scale (PCS), FearAvoidance Beliefs Questionnaire (FABQ) e Pain Self-Efficacy Questionnaire (PSEQ). Os resultados foram obtidos imediatamente após as intervenções iniciais e no seguimento de 1 mês. Análises de modelos lineares de efeitos mistos foram usadas para investigar diferenças entre os grupos. O modelo incluiu tratamento, tempo e interação tratamento x tempo como efeitos fixos. Resultados: Nenhuma diferença significativa nas variáveis de linha de base foi observada entre os grupos. Além disso, nenhuma diferença significativa intergrupos foi observada nos desfechos primários e secundários imediatamente após o tratamento e follow-up. Foi observada diferença intragrupo entre avaliação inicial e pós-intervenção imediata e avaliação inicial e follow-up para intensidade de dor, incapacidade, catastrofização e autoeficácia. Conclusões: Os resultados deste estudo não confirmaram nossa hipótese inicial, uma vez que não foram verificadas diferenças entre os grupos tratados com exercícios de incoordenação do movimento associados à educação para automanejo ou educação em neurociência sobre a dor para os desfechos intensidade de dor e incapacidade e para os desfechos secundários de autoeficácia, catastrofização e crenças sobre movimento. Como o efeito observado em ambos os grupos foi semelhante, demonstrando efeito de melhora, ambas as intervenções são recomendadas para o tratamento de DLCNE.