O império mexica e a província de Tlapa. Relações políticas e tributárias nos códices mesoamericanos (1461-1521)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nardi, Tawnne Teixeira de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-30092019-171701/
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar um conjunto de fontes mexicas e fontes tlapanecas, com narrativas históricas e registros tributários ameríndios, para compreender as representações produzidas por mexicas e tlapanecas sobre os acontecimentos políticos e econômicos em que se estabeleceram relações de subordinação tributária entre suas elites, vigentes de 1486 a 1521. Assim, iremos contrapor e comparar como essas relações foram representadas por duas unidades que são parte de um mesmo sistema tributário no qual ocupam posições distintas, uma como cabeceira da própria Tríplice Aliança, que é México-Tenochtitlan, e outra que é cabeceira de sua província, que é Tlapa-Tlachinollan. A hipótese inicial é que mexicas e tlapanecas construíram representações históricas diferentes sobre suas relações porque baseavam-se nos interesses de promover narrativas que destacassem o poderio de suas próprias elites. Essa relação de subordinação tributária dos tlapanecas está inserida em uma superestrutura administrativa de império, aplicada pelos mexicas, na qual era importante a manutenção de certa autonomia política das elites locais na condução cotidiana das províncias, de modo a não sobrecarregar o aparato estatal mexica. Dessa maneira, propomos um estudo mais detalhado das relações regionais nesse sistema de dominação, considerando a perspectiva representada por um dos poderios locais que compôs esse império, e destacando o sistema tributário como elemento que direcionava e mantinha essas relações de domínio político e de subordinação a partir da centralização estatal controlada por algumas elites.