Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Dias, Cristina Rocha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-18032015-113440/
|
Resumo: |
O presente trabalho tem como objetivo investigar a vicissitudes da educação de crianças pequenas a partir do contexto da formação de professores da Educação infantil, considerando as determinações da LDB 9.394/96. Partindo da experiência de 10 anos em programas de formação em diversos municípios brasileiros, investigamos os desafios nesta prática docente, que tem especificidades. De um lado, as tarefas didáticas do professor de educação infantil relativas aos conteúdos e objetivos a serem alcançados, e de outro lado, o fato de lidar, ao mesmo tempo, com situações de cuidado e de investimento afetivo (de desejo) no encontro com a criança, imbricadas e atravessadas pelo que chamamos em Psicanálise de infantil. A experiência docente que daí surge, muitas vezes escapa do planejado e se constitui problemática para esses profissionais, colocando em questão sua posição de saber - neste caso, mais que saber sobre a criança, saber-se professor. Nesta pesquisa visamos articular essas questões e constatamos que se pode transformar o que se apresenta como problema em enigma para os professores, tomando como norteador a noção de infantil em Freud. Esta torção remete tanto às questões trazidas pelas crianças como aos impasses do professor, na medida em que inclui na transmissão a questão pulsional e a fantasia que os contorna. A dimensão pulsional, fundante do sujeito, indomável e insistente, comparece na cena escolar como um estranho que retorna como enigma, mas também como familiar; a fantasia recorta o lugar do sujeito como resultado da experiência de satisfação submetida ao recalque e se apresenta como solução diante de um querer saber. Entendemos que esses aportes podem nos subsidiar para uma discussão que permita cotejá-los com as experiências dos professores aqui narradas, buscando, para além de uma conexão entre psicanálise e educação, uma possibilidade de abertura diante dos desafios e impasses vividos pelos professores, bem como de interrogação sobre o lugar da transmissão e do desejo de educar |