A Ciranda Infantil e as crianças Sem Terrinha: educação e vida em movimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barcellos, Luís Henrique dos Santos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
MST
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192820
Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo a Educação Infantil do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Seu objetivo é a investigação de como se configura a pedagogia de Educação Infantil do MST. O MST é o principal Movimento brasileiro de luta e resistência pela terra e contra o avanço do capitalismo, que para defender suas bandeiras, elege como um dos fatores principais o desenvolvimento de uma educação emancipadora, que congregue trabalho e educação geridos por meio de relações e ações democráticas. Utilizamos como metodologia a pesquisa de natureza bibliográfica e análise documental, quando se levantaram produções de teses e dissertações sobre o assunto pesquisado, bem como os documentos oficiais do MST com a temática de educação, criança e infância. Investigou-se, portanto, a proposta educacional do MST para a infância no contexto da Ciranda Infantil, buscando-se a compreensão de criança e de infância para o Movimento. Para tanto, foi feita uma apresentação do histórico do Movimento e sua atuação, evidenciando-se o processo de constituição do sujeito Sem Terra, da criança Sem Terrinha e suas lutas, e por fim, discutiu-se a proposta educacional da Ciranda Infantil. O MST busca evidenciar a desigualdade social, o descaso e negligência com as reais necessidades da população camponesa, e luta por uma sociedade mais justa, com um projeto humanista e socialista. A criança nesse processo é inserida como sujeito participativo, desde o seu nascimento, nas lutas travadas contra o capital. Para além de um sujeito de direitos, ela é um sujeito de luta, e tem no Movimento a garantia de um espaço educativo próprio, pensado para ela. A Ciranda Infantil é, na atualidade, o que há de concreto em termos de proposta para a educação das crianças pequenas no campo. O MST, na luta por escola, desenvolve sua proposta de educação e sociedade, elegendo a Ciranda Infantil como espaço revolucionário que possibilita a formação das crianças enquanto sujeitos históricos, espaço para brincar e se desenvolver, para se formar política e socialmente, se educar, se organizar e se mobilizar para a luta.