Tuberculose em primatas não humanos mantidos em cativeiro: uma revisão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Valvassoura, Tatiana Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-08102012-144220/
Resumo: A Tuberculose vem acometendo animais selvagens desde o surgimento das primeiras coleções organizadas. Particularmente, macacos são altamente suscetíveis as micobactérias, gerando grandes perdas econômicas para as instituições, além do risco de transmissão para o homem e animais. As principais micobatérias, que causam a doença em primatas em cativeiro, são o Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium bovis. Acredita-se que primatas do "novo mundo" são menos suscetíveis do que os do "velho mundo", entretanto observa-se que tuberculose tem sido documentada em várias espécies. A principal forma de transmissão é através de aerossóis contendo os bacilos. A doença pode evoluir para a forma ativa ou latente, dependendo do estado imunológico do animal. Os sinais clínicos podem ser insidiosos, com somente uma alteração comportamental, seguido por anorexia e letargia, alterações respiratórias ou simplesmente o animal pode aparecer morto no recinto. O diagnóstico clínico é difícil e problemático, sendo que muitas vezes as lesões consistentes com a doença só são observadas na necropsia. Por isso o uso de outras ferramentas de diagnóstico é importante, como o teste de tuberculinização, cultivo e isolamento bacteriano, que são os mais usados na rotina das instituições, e os exames radiográficos do tórax e abdômen, testes moleculares e sorológicos. Toda instituição que mantém primatas em cativeiro deveriam possuir programas de prevenção para evitar a entrada da micobactéria dentro da coleção, principalmente ao se adquirir novos animais. Por isso, o emprego de medidas de biossegurança é essencial para diminuir o risco de doenças para o homem e para os animais dentro das instituições. Essas medidas consistem na implantação de uma série de procedimentos e normas operacionais rígidas, como programas de quarentena, programas de saúde para os funcionários e formação de equipe capacitada e treinada.