Bem Viver e coletivos: estudo de caso do \'Mutirão pelo Bem Viver\' em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Belei, Alana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-26092023-174846/
Resumo: O debate em torno do desenvolvimento sustentável vem crescendo junto com a urgência em encontrar soluções para a agravante crise climática. Entretanto, as propostas produzidas não estão direcionando para soluções apropriadas. Além disso, com as diversas crises nos sistemas democráticos causadas pelas profundas mudanças no capitalismo global, movimentos sociais e ativistas têm desenvolvido novos repertórios de resistência, dentre eles, é notório a emergência de uma nova organização: os coletivos, ainda em fase de construção teórico-analítica. No intuito de buscar alternativas e dialogar com outros saberes, a noção de Bem Viver emerge inspirada na cosmovisão das populações andinas e amazônicas. O presente trabalho realizou um estudo de caso da iniciativa Mutirão pelo Bem Viver (MBV) impulsionada pelo Coletivo Ecossocialista e Libertário Subverta, uma corrente do partido político PSOL, com foco em sua atuação no estado de São Paulo, para compreender como o debate decolonial tem influenciado as práticas de movimentos sociais e coletivos. O estudo demonstrou tratar-se de uma tentativa de construção via partido-movimento, como proposto por Boaventura de Souza Santos (2021), com atuação institucional e de base de modo complementar e gradativo. O principal objetivo da atuação de base, realizada por meio do MBV, é fomentar a auto-organização da população das comunidades parceiras. Por fim, o uso do termo \"coletivo\" parece estar associado à novidade atribuída a ele, sua atuação atrelada ao repertório teórico do grupo e suas características relacionadas ao ativismo contemporâneo, situado entre as correntes anarquistas e a militância em organizações mais clássicas.