Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Azambuja, Débora Aparecida Ramos de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-18112021-100824/
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Resumo: |
Crianças com transtorno de comunicação oral e escrita podem ter comprometimento nas habilidades sociais e comportamentais. O objetivo do estudo foi descrever e comparar as habilidades sociais e comportamentais de crianças com Transtorno Fonológico, do Desenvolvimento da Linguagem e de Aprendizagem. A amostra foi composta por 32 díades criança-mãe. As crianças tinham entre 6:0 anos e 11:11 anos. Foram selecionadas oito crianças com cada tipo de transtorno: Fonológico (TF), Desenvolvimento de Linguagem (TDL), Específico de Aprendizagem (TEAp) e com desenvolvimento típico de linguagem, sem dificuldades escolares (DTL). Para a coleta de dados foi utilizado o Inventário de Habilidades Sociais, Problemas de Comportamento e Competência Acadêmica para Crianças SSRS. O inventário avaliou duas das três áreas: habilidades sociais e problemas de comportamento. O questionário foi aplicado com a própria criança e suas mães. Para a análise dos resultados, foram considerados os percentis e as classificações normativas do instrumento. Os dados foram submetidos ao tratamento estatístico por meio da análise descritiva, adotado o Kruskal-Wallis para comparação dos grupos e avaliação da distribuição normal da amostra, ao nível de 5% de significância. Os resultados indicaram que no grupo TF, 50% das crianças e 25% dos seus pais, apresentaram repertório de habilidades sociais abaixo da média esperada, indicando percepção restrita dessa condição. No entanto, 12,5% dos pais reconheceram a presença de recursos interpessoais elaborados em seus filhos, sem indicação desse nível de reconhecimento pelas crianças. No grupo TDL, 25% das crianças e 37,5% dos pais apontaram habilidades sociais classificadas abaixo da média, e, embora não tenham sido a maioria, tanto na percepção dos pais, como delas mesmas, houve prejuízos em aspectos relacionados à empatia, afetividade, autocontrole, cooperação, assertividade e desenvoltura social. No grupo TEAp, 62,5% das crianças e 75% dos pais, demostraram repertórios de habilidades sociais abaixo da média esperada, com prejuízo em aspectos relacionados à empatia, afetividade, autocontrole, cooperação, assertividade e desenvoltura social. O grupo comparativo (DTL) permitiu a análise de dados concretos, dedução de semelhanças e divergências de elementos, de caráter indireto. Demonstrou que, 62,5% das crianças tiveram repertorio abaixo da média. Quanto aos pais, a percepção mostrou-se dividida, 50% demonstraram habilidades sociais abaixo da média inferior e a outra metade indicou recursos interpessoais na média ou acima dela. Não houve diferença estatisticamente significante na comparação dos grupos. Concluindo, as crianças com TEAp, assim como suas mães, foram as que apresentaram repertório de habilidades sociais e comportamentais mais prejudicado, sugerindo que as dificuldades com a aprendizagem escolar, muito mais do que as dificuldades com linguagem, impactam no autoconceito. Já quanto ao comportamento, as mães das crianças com TF e TDL foram as que indicaram maiores problemas quando comparadas com as mães das crianças do grupo TEAp e comparativo, com predomínio dos internalizantes apenas no grupo TDL, sugerindo que neste grupo há tendência para isolamento, ansiedade ou depressão. |