Diadococinesia oral em crianças com e sem transtorno fonológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Alves, Renata Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-07072011-130100/
Resumo: A diadococinesia (DDK) oral é uma medida auxiliar para a produção dos sons da fala que avalia as habilidades motoras orais, fornecendo meios de avaliar a evolução da maturação e da integração neuromotora do indivíduo. Essa pesquisa teve como objetivo descrever o desempenho das crianças com e sem transtorno fonológico na prova de DDK, verificando a relação dessa prova com os processos fonológicos e o índice de gravidade PCC-R. Participaram do estudo 124 sujeitos, com idade entre 5 e 10:8 anos, sendo divididos em subgrupos em função do diagnóstico de TF e da idade: GC 5 a 7:11 anos; GC 8 a 10:08 anos; GP 5 a 7:11 anos e GP 8 a 10:08 anos. A DDK foi avaliada por meio da repetição das sequências Pa, Ta, Ka, Pataka, Aí, Aú e Iú, sendo calculados os índices sequência por segundo e porcentagem de erros. Independentemente da sequência testada não ocorreram diferenças significantes entre o gênero dos sujeitos. As crianças do GP apresentaram maior porcentagem média de erro na produção das sequências, no entanto tal resultado apresentou diferença estatisticamente significante apenas na sequência Pataka. Nas sequências Ta, Ka e Aú, independente de grupo ou gênero, crianças de 5 a 7:11 apresentaram média de repetição de sequência por segundo menor do que as crianças de 8 a 10:08. Na sequência Pataka essa progressão foi encontrada apenas no GC. As crianças do GP, quando comparadas com o GC, produziram menos sequências por segundo na sequência Pataka na faixa etária de 8 a 10:08 anos, sendo possível estabelecer um valor de corte para essa faixa etária: 1,4 sequência por segundo. Identificou-se, então, que os sujeitos abaixo do valor de corte apresentam menor PCC-R e produzem mais processos fonológicos de Ensurdecimento de Fricativa e Simplificação de Líquidas na prova de Imitação e Ensurdecimento de Plosiva na prova de Nomeação. Foi possível concluir que crianças com Transtorno Fonológico apresentam desempenho diferente em relação à produção de movimentos repetidos e alternados, sendo a sequência Pataka a que melhor identificou essa diferença. Assim esta prova pode ser um importante instrumento de auxílio no diagnóstico do TF.