Associação da demência com intolerância à glicose e diabetes mellitus em função da presença ou não da resistência insulínica e marcadores inflamatórios em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Salles, Renata Freitas Nogueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5135/tde-10052010-165804/
Resumo: Diabetes Mellitus tipo 2 e demência são doenças altamente prevalentes na população idosa. Estudos têm evidenciado que o DM 2 está associado com perda cognitiva e um elevado risco tanto para demência vascular quanto para demência do tipo Alzheimer. Idosos com tolerância à glicose diminuída também apresentam perda cognitiva, sendo que a hiperinsulinemia parece explicar o déficit cognitivo nesses pacientes. Objetivos: Avaliar em pacientes idosos diabéticos e com tolerância à glicose diminuída a presença de alterações cognitivas comparados aos normais e uma possível associação com resistência insulínica, síndrome metabólica, marcadores inflamatórios e adiponectina. E diagnosticar entre os pacientes com alteração cognitiva aqueles com demência através da avaliação neuropsicológica. Pacientes e Métodos: Foram estudados 140 pacientes com idades entre 65 e 86 anos, sendo 107 do sexo feminino e 33 do sexo masculino classificados em 3 grupos conforme TOTG: tolerância à glicose normal (52), tolerância à glicose alterada (42) e DM (46). Os pacientes foram avaliados antropometricamente e realizada dosagem de glicemia, hemoglobina glicada, colesterol total e frações, insulina, adiponectina, TNF-alfa e IL-6. Realizados testes de rastreio cognitivo, através do mini-exame do estado mental, teste do relógio e fluência verbal. Os pacientes com baixo desempenho passaram por avaliação neuropsicológica. Resultados: os grupos foram comparáveis em relação à idade, gênero e escolaridade. Não encontramos diferença estatística entre os grupos em relação à presença de HAS, IMC e cintura abdominal. A prevalência de dislipidemia e síndrome metabólica foi maior nos pacientes com intolerância à glicose e diabetes. Os pacientes com resistência insulínica, definida pelo HOMA-IR, tiveram maiores níveis de IL-6 e TNF-a e menor adiponectinemia. Nos testes de triagem, 42 sujeitos apresentaram desempenho abaixo do esperado para idade e escolaridade e destes 33 apresentaram alteração cognitiva. Não houve diferença estatística entre os pacientes com alteração cognitiva e os normais, em relação à resistência insulínica, adiponectina e marcadores inflamatórios. Pacientes com alteração cognitiva apresentaram significantemente menor funcionalidade, prejuízo na memória imediata e de evocação, no reconhecimento da lista de palavras e na memória lógica de Wescheler. Conclusões: Não observamos nos pacientes idosos diabéticos e com tolerância à glicose diminuída maior presença de alterações cognitivas em comparação aos normais. Pacientes diagnosticados com comprometimento cognitivo leve e demência não apresentaram diferenças dos normais em relação à presença da resistência insulínica, síndrome metabólica e marcadores inflamatórios