Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paganoti, Cristiane de Freitas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-05032021-140813/
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Resumo: |
Objetivo: avaliar o desempenho da adiponectina para predição do uso de insulina no controle glicêmico durante a gestação. Métodos: estudo casocontrole, aninhado a coorte prospectiva, incluindo gestações únicas de mulheres com diagnóstico de diabetes mellitus gestacional até 32 semanas e que realizaram seguimento pré-natal em hospital terciário de ensino. As pacientes foram divididas em dois grupos, de acordo com a necessidade ou não do uso de insulina durante a gestação (grupo DIETA e grupo INSULINA). Todas as pacientes tiveram amostras de sangue obtidas na primeira consulta após o diagnóstico de diabetes. Os grupos foram comparados quanto a variáveis clínicas e laboratoriais. Inicialmente, foi realizada análise univariada e os fatores com diferença estatística significativa entre os grupos ou com relevância clínica foram utilizados para construção de modelos de regessão logística. Para análise multivariada, cinco modelos de predição foram propostos, a fim de verificar o quanto o acréscimo de novas variáveis melhoraria o desempenho, bem como analisar o custo de cada um dos modelos. As análises estatísticas foram realizadas por meio do software Statistical Package for the Social Science, utilizando os seguintes testes: t-Student, Mann-Whitney U, razão de verossimilhança, exato de Fisher ou qui-quadrado, conforme mais apropriado. Foi considerado significativo valor de p < 0,05. Resultados: 254 gestantes foram incluídas, 202 (79,5%) no grupo DIETA e 52 (20,5%) no grupo INSULINA. Na análise univariada, os seguintes fatores se associaram ao uso de insulina durante a gestação: antecedente pessoal de diabetes gestacional, presença de hipertensão, valor da glicemia de jejum do 1º trimestre, valores de glicemia de jejum e de 1ª hora após a sobrecarga do teste de tolerância, número de valores alterados do teste de sobrecarga, índice HOMA-IR e hemoglobina glicosilada. Nos modelos preditores elaborados, a adiponectina não se mostrou preditora do uso de insulina. O antecedente pessoal de diabetes gestacional foi preditor em todos os modelos propostos. Realizamos sub-análise específica para o grupo de primigestas e, neste grupo, o índice HOMA-IR foi a única variável preditora de insulinoterapia. O desempenho dos modelos foi avaliado por meio da curva ROC. O modelo que acrescentou a hemoglobina glicosilada foi o que apresentou melhor desempenho (AUC = 0,740) quando comparado ao modelo inicial, apenas com fatores clínicos (AUC = 0,639). Quando avaliado o custo de cada modelo, o acréscimo da hemoglobina glicada melhorou o modelo de predição, agregando baixo custo (R$ 7,86), a ser considerado na prática clínica. Conclusão: a adiponectina, dosada após o diagnóstico de diabetes gestacional, não é preditora de uso de insulina. A hemoglobina glicosilada, associada a fatores clínicos, auxilia na predição de insulinoterapia, agregando baixo custo aos serviços de saúde. Entre as primigestas, em que o antecedente pessoal de diabetes gestacional não está disponível, o índice HOMA-IR tem maior papel na predição do uso de insulina |