Avaliação do impacto da cirurgia de epilepsia a longo prazo no desenvolvimento adaptativo de pacientes pediátricos com epilepsia farmacorresistente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Valeria Duarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17163/tde-11102023-100007/
Resumo: Na população pediátrica, estudos têm demonstrado que o início da epilepsia farmacorresistente precoce pode ocasionar severo comprometimento cognitivo, principalmente se a frequência de crises é diária. Nas últimas décadas, a cirurgia de epilepsia foi estabelecida como uma opção de tratamento eficaz para a população pediátrica, com índices de controle de crises variando entre 52 a 80,3%, melhora cognitiva, do comportamento adaptativo e do desenvolvimento neuropsicomotor. Este estudo teve como objetivo compreender e descrever se o tratamento cirúrgico da epilepsia farmacorresistente impacta positivamente em longo prazo a comunicação, socialização, habilidades diárias e habilidades motoras de pacientes pediátricos submetidos a cirurgia de epilepsia, comparando dados pré e pós-operatórios. Foram selecionados 369 pacientes com epilepsia farmacorresistente, com idade entre 0 e 18 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo o grupo cirúrgico (pacientes que fizeram a cirurgia de epilepsia) e o grupo controle (pacientes que não optaram pelo procedimento cirúrgico). A avaliação realizada pelo setor de neuropsicologia ocorreu em três momentos (uma avaliação pré-operatória e duas avaliações pós-operatórias), através da escala de comportamento adaptativo de Vineland (ECAV). Para a análise estatística, foram utilizados testes paramétricos e consideradas todas as variáveis do estudo normais. Os grupos foram comparados em relação às variáveis clínicas, pontuações da ECAV e diferenças médias das pontuações entre as três fases que compuseram a pesquisa. Na análise final do grupo cirúrgico, 62 pacientes (37,6%) foram classificados como Engel I na última avaliação pós-operatória. Os pacientes livres de crises, apresentaram o nível de desempenho adaptativo superior aos sujeitos que continuaram a ter crises, sendo evidentes os benefícios da cirurgia de epilepsia. Os desfechos do nosso estudo de longo prazo, expandiram o conhecimento diante do desenvolvimento das habilidades adaptativas e das consequências positivas da cirurgia de epilepsia na faixa etária pediátrica.