Caracterização do emprego do canabidiol em pacientes com epilepsia farmacorresistente
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28620 http://dx.doi.org/10.22409/PPGMN.2022.m.02191212301 |
Resumo: | Estudo observacional de coorte retrospectivo e descritivo com o objetivo de caracterizar o emprego de formulações contendo canabidiol (CBD) em 36 pacientes diagnosticados com epilepsia farmacorresistente, atendidos no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN). A coleta de dados foi realizada no período de agosto de 2021 a fevereiro de 2022. Os parâmetros mensurados foram: idade, sexo, idade de início da epilepsia, idade de início do CBD, dose utilizada de CBD (mg/kg/dia), tipos de crise, classificação da epilepsia, etiologia da epilepsia, diagnóstico de síndrome epiléptica, frequência de crises antes e após o uso do CBD, tratamento farmacológico concomitante, uso de terapias não farmacológicas concomitantes. Vinte e oito dos pacientes tinham informações completas sobre frequência de crises epilépticas e, neste grupo, foi realizada análise da relação entre as variáveis descritas e a taxa de resposta ao CBD na redução das crises. A dose de CBD utilizada foi bastante heterogênea na população (média de 5,4 mg/kg/dia) e a maioria dos pacientes recebia doses consideradas baixas. Houve uma redução de 30% na mediana global de crises na população antes a após o início do CBD, passando de 10 crises para 07 crises semanais. Somente 04 (11,0%) pacientes ficaram livres de crises após o início do CBD, entretanto, em cerca de metade dos investigados, ocorreu alguma taxa de redução nas frequências das crises. A variável que se associou de forma estatisticamente significativa com a resposta ao CBD foi a frequência de crises antes do seu uso (p = 0,01). A pesquisa demonstra sua importância ao possibilitar conhecer a população em uso de CBD para tratamento da epilepsia e sua utilização na nossa realidade, evidenciando fatores que possam ser úteis na nossa prática clínica diária e na sua melhoria contínua. |