Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Airton Mota |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-22102007-085838/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O transplante hepático é a terapêutica de escolha para pacientes com hepatopatias avançadas. Melhorias na seleção dos pacientes, avanços cirúrgicos e imunológicos aumentaram a sobrevida. As complicações biliares ocorrem em 15 a 35% dos transplantes e estão associadas a técnicas de redução hepática. A estenose anastomótica ocorre de 5 a 34% e pode ser tratada por cirurgia, acesso endoscópico ou percutâneo. Esse último apresenta bons resultados, mas carece de padronização, critérios de sucesso ou consenso quanto aos fatores que influenciam a resposta terapêutica. Neste trabalho, avaliou-se a relação entre os fatores de risco e a terapêutica, resposta mais adequada, dados de maior relação com a estenose da anastomose bílio-entérica, período de surgimento, tempo de drenagem mais adequado, incidência de complicações, eficácia e segurança terapêutica. MÉTODOS: No período de março de 1993 a maio de 2006, foram avaliadas trinta e cinco pacientes com estenose da anastomose bílio-entérica após o transplante hepático prospectiva e retrospectivamente. Trinta e quatro (97,1%) tinham idade igual ou superior a um ano. Vinte e quatro (68%) tinham mais de 10 kg. Houve compatibilidade ABO em 100%, entre gêneros em 28,6% e na relação de peso entre receptor e doador em 71,4%. A principal indicação foi atresia de vias biliares e 45% dos transplantes foram realizados com doadores vivos. Trinta transplantes (86%) foram eletivos e 18 pacientes (51,4%) foram submetidos previamente à cirurgia de Kasai. A reconstrução biliar foi feita por meio da anastomose bílio-entérica em todos os pacientes. As estenoses foram confirmadas por colangiografia percutânea, dilatadas e drenadas. O calibre dos drenos foi aumentado nas reintervenções, sendo trocado a cada três meses e mantido por pelo menos seis meses. As complicações foram avaliadas e os pacientes foram distribuídos em grupos de resposta terapêutica de G1 a G4. RESULTADOS: Febre, icterícia, exame histopatológico demonstrando padrão obstrutivo biliar e dosagem elevada de gamaglutamiltransferase estiveram mais presentes no grupo com estenose. Os pacientes submetidos à cirurgia de Kasai apresentaram melhor resposta ao tratamento percutâneo (p = 0,05). As outras variáveis não demonstraram correlação estatisticamente significativa com a melhor ou pior resposta ao tratamento. Observou-se tempo médio de drenagem de 10 meses no grupo G1, onde houve menor ocorrência de complicações. CONCLUSÕES: Houve resposta satisfatória nos grupos com uma ou duas sessões (86%) de tratamento percutâneo. A cirurgia de Kasai se associa com melhores respostas ao tratamento; o exame histopatológico demonstrando padrão obstrutivo biliar e a elevação de gamaglutamiltransferase apresentam maior relação com a estenose, que ocorreu mais freqüentemente após o primeiro ano do transplante. Os pacientes drenados por mais de seis meses apresentaram melhores resultados. Entretanto, o prolongamento da drenagem associa-se com mais complicações. O tratamento percutâneo (dilatação e drenagem) é eficaz, seguro, com baixa taxa de complicações. |