Prevalência de complicações respiratórias imediatas em pacientes com fissuras de lábio e/ou palato submetidos à cirurgia ortognática e sua relação com o tempo de anestesia geral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silveira, Juliana Specian Zabotini da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-17012023-124411/
Resumo: Objetivo: avaliar a prevalência das complicações respiratórias no pósoperatório imediato de cirurgia ortognática e sua relação com o tempo de anestesia geral. Metodologia: foram avaliados 256 prontuários de pacientes submetidos à cirurgia ortognática, operados pelo mesmo cirurgião entre os anos de 2010 e 2016. Foram coletados dados da avaliação respiratória, da internação para cirurgia ortognática e a classificação da fissura. Análise do dados: os dados foram tabulados em planilha do Excel e submetidos à análise estatística pelo Software SigmaPlot 12.0, e adotado nível de significância de 5%. Resultados: A amostra constituiu-se com maioria homens (64,06%), idade média de 24.45 anos, cirurgia bimaxilar (52,34%), fissura transforame (227) e unilateral (172). O tempo médio de anestesia geral foi 166,12 minutos, e para a cirurgia bimaxilar 170,25 minutos. No pós-operatório imediato 76,17% não apresentaram sangramentos, 60,15% não tiveram queixa de dor, houve prevalência do edema discreto (68,75%) e difuso (92,96%) de face, e a ausculta pulmonar apresentou-se diminuída ou abolida em 56,25% da amostra e desse total, 5,47% apresentaram ruídos adventícios. 196 pacientes (76,56%) apresentaram tosse pós-operatória, e nesses casos 55,10% tosse produtiva. A secreção aspirada de vias aéreas superiores ocorreu em 64,45% dos casos, na maioria pequena quantidade, fluida e sanguinolenta. Desconforto respiratório e uso de O2 suplementar foi encontrado em 0,78% (2 pacientes), e 57,81% da amostra necessitou de terapia respiratória. A taxa de intercorrências pósoperatórias imediatas foi de 30,46% e na recuperação anestésica 25,39%. As complicações respiratórias encontradas no estudo, foram: desconforto respiratório, ausculta pulmonar alterada, tosse produtiva e secreção em vias aéreas superiores. Encontramos relação estatisticamente significante do tempo de anestesia geral e o edema de face, viscosidade da secreção de vias aéreas superiores e necessidade de terapia respiratória no pós-operatório imediato. Conclusão: as complicações respiratórias pós-operatórias, foram: desconforto respiratório, ausculta pulmonar diminuída, abolida ou com ruídos adventícios, tosse produtiva e secreção em vias aéreas superiores. O tempo de anestesia geral influenciou diretamente na formação do edema de face, na viscosidade da secreção e na necessidade de intervenção da fisioterapia respiratória.