Adolescente, as drogas e a escola: representações do educador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Figueirêdo, Túlio Alberto Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-06042020-104827/
Resumo: Estudo de Caso realizado com o objetivo de deixar emergir as representações de educadores da Rede Municipal de Ensino de Vitória-ES no tocante ao adolescente frente à questão das drogas na escola. O trabalho parte de uma recuperação histórica da questão das drogas no Brasil, e de reflexões a respeito do discurso educativo sobre o tema nas escolas, explorando por fim, como o educador apreende o fenômeno da toxicomania, tornando-se algo prático no cotidiano de sua relação com o aluno-adolescente. Do ponto de vista metodológico, o trabalho foi realizado em duas fases. A primeira tratou-se de um estudo exploratório envolvendo 11 educadores e teve a finalidade de deixar emergir as saliências de suas representações do tema. Na segunda fase, que envolveu 185 sujeitos, buscou-se organizar as representações quanto a sua hierarquização. Em ambas as fases, a análise se deu na perspectiva das representações sociais. O estudo permitiu evidenciar que o educador representa o adolescente como um indivíduo em crise, cuja iniciação ao uso de drogas se dá por curiosidade e pressão de seus pares. A família é representada como uma instituição que tende a negar o status de usuário de drogas entre seus membros e, quando busca resolver a questão, usualmente não envolve a escola nessa resolução. Diversamente, a escola aparece como uma instituição que nunca se omite frente à questão, que não rejeita o aluno usuário e sempre participa o fenômeno à família interessada. O educador representa-se como um profissional que pode oferecer informação segura sobre o tema, ao adolescente, e que mostra-se afeito à integração com profissionais de outras áreas no trabalho de prevenção ao uso de drogas.