Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Hossri, Carlos Alberto Cordeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-13012015-113019/
|
Resumo: |
Introdução: A reabilitação cardiopulmonar e metabólica (RCPM) é uma importante estratégia no tratamento da insuficiência cardíaca isquêmica. Entretanto, os seus principais mecanismos de melhora e as correlações com aumento na capacidade de exercício e menos sintomas ainda não estão totalmente esclarecidos. Objetivos: Investigar os efeitos de um programa multidisciplinar de RCPM sobre o tempo de tolerância ao esforço (TLim) e a resposta da fase rápida (fase II) da cinética do consumo de oxigênio (variável relacionada ao desempenho oxidativo muscular) em cardiopatas isquêmicos. Adicionalmente, avaliar as variáveis cardiovasculares, ventilatórias e metabólicas nos TCPE máximo (TRIM) e de endurance (TSCC), além da composição corporal pela bioimpedância elétrica, fração de ejeção (FE) e qualidade de vida. Métodos: Cento e seis pacientes com cardiopatia isquêmica encaminhados ao PRCPM foram submetidos ao TRIM em esteira rolante e, após intervalo de 1 a 7 dias, ao TSCC, com 80% da carga atingida no TRIM. Trinta e sete (37) pacientes foram excluídos, 31 por adesão < 50% às sessões de treinamento, 3 com IMC> 35kg.m-2 e 3 com FE<35%. Após 12 semanas de RCPM, 69 pacientes foram ressubmetidos aos mesmos testes e analisados os efeitos sobre o TLim, fase II da cinética do V\'O2 e a qualidade de vida. Resultados: Os pacientes tiveram evidente redução da sua limitação funcional e 95,6% tornaram-se classe I (pré-RCPM era 62,3%), 4,3% classe II (31,8% antes intervenção) e nenhum mais na classe III da NYHA (5,8% anteriormente), após a intervenção da RCPM. Apresentaram melhora significativa no desempenho ao esforço em ambos protocolos TRIM e TSCC, no entanto, o aumento no tempo de tolerância ao esforço foi quase 3 vezes superior no TSCC. Dentre os diversos sistemas avaliados pelo TCPE, o componente periférico foi o que apresentou melhora mais significativa, principalmente pelo incremento na fase II da cinética do V\'O2, com redução da constante de tempo (tau) ? (p<0,001) e de modo paralelo o mean response time (p <0,001), que engloba também a fase III. Houve redução dos índices isquêmicos ao esforço, bem como da densidade arritmogênica significativa em 37%. Houve melhora significativa em todos os domínios do questionário de vida (p<0,001) e modesta, mas com significância estatística na composição corporal pela BIE com incremento da massa magra e redução da massa gorda após treinamento e, também, da FE. A qualidade de vida se correlacionou com a fase II da cinética do V\'O2 (tau), tanto no sumário físico quanto mental. Na análise de regressão múltipla, o sumário físico pós-RCPM teve como variáveis preditoras a fase II da cinética do V\'O2 e a FE. Conclusões: A RCPM resultou em importantes benefícios fisiológicos e de qualidade de vida aos pacientes com cardiopatia isquêmica com CF predominante I e II. A qualidade de vida esteve associada à obtenção da resposta mais rápida da cinética do V\'O2, que reflete a melhora no metabolismo oxidativo muscular. O treinamento físico regular promoveu retardamento do limiar de isquemia miocárdica e redução da densidade arritmogênica. O TSCC, em relação ao TRIM, detectou ganhos de maior magnitude após o programa de RCPM, como o TLim, e proporcionou a mensuração de novos índices na avaliação das respostas à intervenção do treinamento físico como a cinética do V\'O2 |