Percursos de distâncias e orientações espaciais ao caminhar com visão ocluída em campo aberto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Consolo, Patricia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-24112015-085611/
Resumo: Embora a estimação de distância tenha sido extensivamente estudada, a habilidade de humanos julgarem distâncias maiores do que 30 m tem sido pouco investigada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de voluntários em tarefas envolvendo o julgamento de distância e de orientação espacial pelo indicativo de resposta do caminhar com a visão ocluída em distâncias de 30,00; 41,60; 57,69 e 80,00 metros, em um ambiente amplo e natural. Para tanto, trinta e cinco voluntários de ambos os sexos, com idades ente 18 e 35 anos foram divididos aleatoriamente em três tarefas experimentais. A primeira tarefa consistiu em caminhar diretamente a um alvo, com a visão ocluída, após vê-lo brevemente. A segunda tarefa consistiu em caminhar vidente até um alvo, e subsequentemente realizar um giro de 180º e retornar sozinho, com a visão ocluída, à origem do percurso. A terceira tarefa foi similar à segunda, mas com uma diferença, o participante caminhou por distâncias com a visão ocluída, pelo guiar de um condutor, e ao final da caminhada subsequentemente, girou e retornou sozinho à origem do percurso. Em todas as tarefas experimentais, a distância caminhada (em metros) e o tempo (em segundos) de cada trajetória na fase de resposta, foram coletados e registrados utilizando um receptor de Sistema de Posição Global (GPS). Após a medição do movimento, os dados extraídos do GPS foram pós-processados e as coordenadas de todas as grandezas físicas de cada sujeito foram calculadas, a saber, a distância percorrida (metros), a velocidade (metros por segundo), o desvio angular (graus), e para o caso da trajetória circular, a velocidade angular média (radianos por segundo) e o raio da trajetória circular teórica (metros). Independente da tarefa, a observação das trajetórias produzidas pelos participantes demonstrou que os desvios de direção apresentavam padrões geométricos bem definidos (reta, circular, reta-circular, reta-reta e alternada), e os padrões reta e circular foram os mais frequentes. Em todas as tarefas, a análise das distâncias caminhadas mostrou uma tendência à subconstância perceptiva por conta do valor do expoente psicofísico abaixo de 1,0. Entretanto, esta tendência foi mais acentuada na resposta de retornar a um ponto de origem após deslocamento com os participantes sob completa privação visual sem prévisualização do alvo. Nossos resultados sugerem que os padrões das trajetórias e a acurácia das distâncias produzidas dependem da amplitude da distância, do ambiente experimental onde as distâncias foram estimadas e da disponibilidade de indícios perceptuais presentes na tarefa experimental.