O espaço visual e proprioceptivo no caminhar de crianças e adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Consolo, Patricia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-26112009-173009/
Resumo: As pessoas interagem diariamente com seu ambiente e, embora possa parecer simples, esta interação recruta diferentes fontes de informações visuais e não visuais que podem ser usadas no processamento da distância durante a locomoção. Baseado nisto, o objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho de crianças e adolescentes em tarefas envolvendo distância e orientação espacial durante o caminhar de rotas retilíneas e triangulares, na ausência de informações visuais e auditivas. Para tanto, grupos de voluntários de ambos os sexos, G1 (7-8 anos), G2 (9-10 anos) e G3 (12-16 anos), realizaram três tarefas em ambientes naturais. A tarefa I consistiu em caminhar diretamente a um alvo, com a visão ocluída, após vê-lo brevemente. A tarefa II consistiu em caminhar distâncias em linha reta, com a visão ocluída, pelo guiar de um condutor, e subsequentemente, ao girar em sentido horário ou anti-horário, retornar sozinho à origem do percurso. A tarefa III foi similar a tarefa II, mas com rotas triangulares; o participante, com a visão ocluída, caminhou as duas primeiras arestas do triângulo guiadas por um condutor, e a aresta complementar, percorrida sozinho retornando à origem do percurso. Em cada tarefa foram mensuradas as distâncias caminhadas e os desvios de orientação, sendo que as distâncias consideradas como acuradas eram de 4, 8 e 16 m. Os resultados em todas as tarefas demonstraram que a acurácia na produção das distâncias depende da amplitude da distância percorrida independente da idade. Nas tarefas I e II, a distância de 4 m exerceu maior efeito sobre o G1, possivelmente devido à menor experiência sensório-motora destes participantes sobre relações físicas espaciais e como elas surgem para os seus sentidos. Em relação à manutenção da orientação, nas tarefas I e III, todos os grupos apresentaram maiores desvios na distância de 16 m. Ainda, na tarefa III o girar em sentido anti-horário no retorno à origem aumentou o grau dos desvios bem como as distâncias caminhadas. Em conclusão, nossos resultados sugerem que a acurácia do desempenho depende da amplitude das distâncias e da complexidade da tarefa.