Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Barros, Maria Angélica de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-26092024-140239/
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Resumo: |
A varfarina é um anticoagulante oral com ampla utilização no Brasil, sendo conhecida pelo seu potencial em causar eventos adversos. Os eventos adversos a medicamento (EAM) são causas de consultas a serviços de saúde, resultando, frequentemente em hospitalizações. Estratégias para o monitoramento de EAM contribuem para mitigação de riscos, uso seguro e apropriado de tecnologias em saúde e segurança do paciente. O presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho da vitamina K como rastreador de eventos adversos relacionados à utilização da varfarina. Para tal, foi realizado estudo analítico, do tipo transversal por meio da revisão de prontuário eletrônico do sistema informatizado do munícipio de Ribeirão Preto. Contemplaram os critérios de inclusão os pacientes que buscaram atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no ano de 2019, e que receberam prescrição de vitamina K. A coleta de dados foi realizada em duas etapas. A primeira correspondeu à triagem dos de pacientes com o rastreador vitamina K. A segunda etapa referiu-se à revisão do prontuário e dos registros de dispensação para avaliação da ocorrência de EAM, identificação de interações medicamentosas (IM), imputação da associação causal, descrição do manejo adotado após à admissão na UPA e cálculo do valor preditivo positivo (VPP) da estratégia de triagem. Foram recrutados 173 pacientes por intermédio do rastreador, sendo que 27 estavam em uso de varfarina e, possivelmente, a vitamina K foi utilizada para reversão do EAM. O grupo de pacientes em uso de varfarina caracteriza-se por indivíduos idosos, com idade média de 68 anos, distribuição quase que igualitária entre os sexos, INR médio de 6,4 e média de 2,6 interações medicamentosas com a varfarina. A falha no acompanhamento do paciente foi associada a quase 60% dos EAM ocorridos. O VPP do rastreador foi de 15,6% e permitiu a detecção de EAM de natureza moderada e grave. A carência de informações do prontuário foi a principal limitação do estudo. Apesar disso, o método de rastreio utilizado mostrou-se útil para o monitoramento de EAM nas UPA de Ribeirão Preto, contribuindo para a implementações de ações para a melhoria da segurança do paciente. |