Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Souza, Allan Carneiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3075
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Resumo: |
O uso seguro de medicamentos faz parte do Programa Nacional de Segurança do Paciente. A moderna assistência farmacêutica no ambiente hospitalar lidera os processos de farmacovigilância e de boas práticas, particularmente em relação aos medicamentos de alto risco. A varfarina é um medicamento de baixo custo utilizado na prevenção de eventos tromboembólicos, porém apresenta baixo índice terapêutico podendo ocasionar sérias complicações hemorrágicas, inclusive acarretar hospitalização, portanto um exemplo de medicamento de alto risco. É importante se conhecer a efetividade da vitamina K como rastreador de EA (eventos adversos) causados por varfarina para entendermos a magnitude deste problema no ambiente dos pacientes atendidos pelo SUS. O objetivo deste estudo foi comparar a utilidade do uso da vitamina K como rastreador de eventos adversos hemorrágicos (EAH) em dois centros hospitalares (hospital geral x hospital especializado em cardiologia) que atendem pacientes do SUS. O estudo foi realizado em dois centros: um hospital público de referência em cardiologia localizado na Cidade do Rio de Janeiro (hospital E) e um hospital público geral e de emergência do município de Macaé (hospital G). O método dos rastreadores ou trigger tools foi aplicado para análise retrospectiva da utilização da vitamina K (fitomenadiona) como rastreador de eventos adversos hemorrágicos causados por varfarina. As principais variáveis determinadas no estudo foram: rendimento da vitamina K em detectar eventos, classificação dos eventos adversos a medicamentos (EAM) quanto à causalidade através do algoritmo de naranjo e quanto ao grau de dano. Outros indicadores calculados foram taxa de eventos adversos como causa de admissão hospitalar e tempo médio para análise dos prontuários que foi determinado apenas no hospital G. O uso da vitamina K foi avaliado em 46 prontuários no hospital E e 54 prontuários no hospital G. No hospital G dois pacientes sofreram sangramentos pelo uso de varfarina, resultando assim em um rendimento de 3,7% (2/54) na capacidade da vitamina K em detectar eventos adversos hemorrágicos, bem inferior ao rendimento deste rastreador encontrado no hospital E que foi de 30,4% (14/46). Na análise da causalidade dos danos hemorrágicos, todos os eventos adversos, identificados em ambos os hospitais foram classificados como prováveis após a aplicação do algoritmo de naranjo. Grande parte dos EA identificados nos dois centros foram classificados como H, onde houve necessidade de medidas de suporte à vida como infusão de plasma e ou hemácias. No hospital E a idade média dos pacientes que sofreram EA hemorrágicos foi 57,4 anos (dp=15,2). Em relação ao estudo realizado no hospital G, os dois pacientes que apresentaram EAH tinham idade superior a 70 anos. No hospital E, em 50% (7/14) dos pacientes, a hemorragia foi a causa da internação. Enquanto no hospital G os dois pacientes que sofreram EAH por varfarina foram internados devido a ocorrência do sangramento. No estudo realizado no hospital E treze pacientes que sofreram EAH tinham RNI ≥ 6. O odds ratio (od) de EAH com RNI ≥ 6 foi de 24,9. No estudo do hospital G não foi possível calcular o odds ratio, pois raramente havia registro dos valores de RNI. Conclusão. No hospital G o uso da vitamina K como rastreador esteve pouco associado a eventos adversos hemorrágicos por varfarina. Enquanto no hospital cardiológico foi observada elevada associação |