O acolhimento ao doente com tuberculose: estudo comparativo entre uma unidade de saúde da família e um ambulatório de especialidades médicas, São Paulo/SP, 2003

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Campinas, Lucia de Lourdes Souza Leite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-13112013-112558/
Resumo: Objetivo O acolhimento é de fundamental importância nos serviços de saúde. O objetivo da pesquisa foi estudar o processo de acolhimento entre pacientes e profissionais de saúde em uma Unidade de Saúde da Família (USF) e em um Ambulatório de Especialidades Médicas (AEM). O acolhimento entendido não apenas no sentido do acesso à demanda espontânea, mas no sentido de aceitação do doente como sujeito de direitos, desejos para o qual torna-se necessário uma boa comunicação e relacionamento profissional-paciente, a fim de estabelecer uma relação de compromisso e de confiança mútua. Métodos. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, com emprego do método quantiqualitativo. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada. A amostra foi intencional com 32 doentes com tuberculose e 35 profissionais de saúde. A análise das questões fechadas foi descritiva e as questões abertas por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Resultados. Na USF os doentes exaltam o acolhimento e a boa qualidade da consulta médica e a atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS); observou-se dificuldades de acesso ao serviço. Em contrapartida a queixa no AEM é centrada no modo impessoal e rápido do atendimento. A visão do acolhedor sobre o acolhido é divergente no AEM e USF. No AEM alguns profissionais imputam a culpa ao doente, que é tachado de malandro e desinteressado no cuidado de sua saúde. Na USF essa visão se respalda nos problemas sociais do doente e no estigma causado pela tuberculose. Conclusões. Entre outros aspectos conclui-se que o AEM estudado, apesar da resolutividade dos casos, apresenta falhas na sua capacidade de acolhimento ao doente de tuberculose. Na USF a estratégia do PSF favorece um melhor acolhimento aos doentes com tuberculose, principalmente por meio do trabalho dos agentes comunitários de saúde.